Muitos não creem que o bondoso Deus possa ter criado o
inferno para colocar seus filhos pecadores nele; também não creem que por um
simples pecado mortal que seja a alma será jogada lá por toda a eternidade. Se
Deus é amor como se lê na bíblia, que tipo de amor e conduta é esse que ao
menor deslize o sujeito irá pagar para todo o sempre? Ora bolas, Deus sabe que
criou o homem dotado de fraqueza suficiente para combater as tentações do mal e
vence-las; e ao sucumbir na batalha, ainda por cima, como “prêmio”, acrescenta-se
a perdição eterna de sua alma?
Pois é, é bem assim mesmo, mas no cerne da questão, as coisas
não são como parecem ser. Antes de todo esse julgamento antecipado que a pessoa
é levada a fazer, ela precisa conhecer toda a “regra do jogo”, pois, as
transgressões são punidas realmente, mas, as dadivas são dadas prontamente para
quem quer se emendar na vida e buscar em primeiro lugar o reino dos céus e toda
a sua justiça. É preciso parar de pensar que Deus, se gostasse realmente de
suas criaturas, agiria como o vovô, que embora o netinho seja travesso, sempre
irá ganhar os mimos e ter suas vontades agraciadas.
Jesus Cristo deixou bem claro no evangelho: nos disse que
fomos avisados sobretudo e que, por isso, estamos de sobreaviso. Está lá, no
evangelho de Marcos 10:23 e 33. Tem-se que parar de imaginar que Deus não
condenaria por um pecado vitimado pela fraqueza humana. Nada disso, a pessoa
não recorreu ao auxilio divino (João 15,5) e tentou perverter as escrituras em
seu favor. De nada adianta e não adiantará.
Existem prazeres na vida, autorizados por Deus, existem
também os desregrados e proibidos por ele; claro que o diabo nos empurra com
suas tentações a fazermos o que é errado. Se nos falta força para resistirmos,
paremos de tentar sozinhos, pois, na bíblia se lê que Deus nos entrega às
paixões impróprias se o abandonarmos. Ao contrário o livro dos Salmos nos diz
que “o Senhor se torna íntimo dos que o temem, e lhes manifesta a sua aliança” –
Salmo 24,14. E diz também: “quão grande é, Senhor, vossa bondade, que
reservastes para os que vos temem e com que tratais aos que se refugiam em vós,
aos olhos de todos” – Salmo 30,20. E muito mais, caso a pessoa queira aproximar-se
e se tornar íntima daquele que pode lhe conceder a entrada eterna na felicidade
dos céus e isso sim, vale muito mais que os prazeres terrenos impróprios.
Fonte: Jefferson Roger
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