segunda-feira, 7 de março de 2022

Bisbilhotar, Bolinar e Bajular


Eis aí três atitudes que as pessoas fazem que perigosamente possuem uma origem em vertentes delicadas e que podem, muito bem, acontecer por conta de uma origem diferente da divina. Jesus nos ensinou que não devemos bisbilhotar nos problemas dos outros. Alguém pode arriscar dizer que ele não disse isso, que não está escrito em lugar algum. Mas está sim, lá no episódio onde ele fala sobre o cisco e a trave no olho do irmão e no próprio.

É bem essa a lição que o ressuscitado quer nos passar. Como podemos querer nos meter na vida dos outros, em seus problemas, de uma forma negativa, quando temos muita coisa para endireitar em nossas vidas?

Em seguida os desavisados vão dizer que também não está escrito que é proibido tocar nas partes íntimas de outra pessoa com segundas intenções. Ora bolas, o adultério, tão denunciado e apontado como algo contrário ao que Deus quer dos casais não trata desse assunto? Se isso é condenado nas escrituras, tudo que faz parte do contexto do ato, também é. Ou a dupla que vai trair se encontra, tira a roupa e já parte para o ato em si, sem nenhuma preliminar? Pois é.

Existem ditados populares sobre as bajulações, podemos colocar um deles, que imaginamos ser bem conhecido: “quando a esmola é demais, até o santo desconfia”. E como sempre dizemos por aqui, os ditados populares são o evangelho do povo. Certamente existe verdade neles e neste que apontamos aqui.

Por interesse as pessoas tratam as outras como convém. Querem algo em troca e as manipulam, as transformam em objetos para fins egoístas. E mais uma vez podemos dizer que as sagradas escrituras condenam a atitude da bajulação. Encontramos versículos dizendo que não devemos fazer o bem sem esperar nada em troca, que devemos tratar o outro como gostaríamos de ser tratados, que não devemos dar com uma mão e tirarmos com a outra e por aí vai. A bajulação estimula a vaidade e lemos no livro do Eclesiastes que a vaidade não é bem vista por Deus, caso esteja maculada.

Como vemos, é na sutileza das atitudes que os erros também podem estar presentes. Não é à toa que Jesus Cristo, nosso salvador e mestre, nos ensinou que devemos sempre estar vigilantes e orarmos sem cessar, pois, como o apóstolo Pedro recorda, o mal anda a espreita em nosso redor, procurando a quem dar o bote.

Fonte: Jefferson Roger


 

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