Não o fez.
Não convinha.
Que ensinamento! Muitas vezes não convém abrirmos a boca se
ela não está sendo comandada pela sabedoria divina; os impulsos desordenados atiram
palavras como flechas certeiras que irão ferir sempre além do necessário e, por
conta de instantes ou um momento, situações se agravam e muitas delas, além de
imprimirem no coração e na mente cicatrizes, não poderão mais ser consertadas.
Pois bem, Deus é tardo para se irar, lemos isso nas escrituras.
Lemos também que devemos ser seus imitadores. Também lemos que não podemos deixar
o sol se por sobre o nosso ressentimento, na ira não devemos pecar, pois isso
significa dar lugar em nossas vidas ao demônio. Tudo isso é palavra santa que
passa tantas vezes longe dos ouvidos e corações.
O ser humano é assim, gosta que a lei valha para os outros,
mas para si, cumprir as cobranças divinas é ardiloso e penoso. Que isso fique
para os outros, quem sou eu para levar desaforo para casa. Enquanto isso,
Jesus, por todos, suportou todos os desaforos no Sinédrio, as ofensas,
agressões, xingamentos e levou tudo para casa, para a morada celeste, lugar dos
escolhidos por Deus, os batizados que fazem a vontade do Pai e vivem conforme é
do seu agrado, seguindo seus mandatos divinos, não importando ser preciso às vezes
deixar a boca fechada, quando a rebatida, a retaliação, a devolução na mesma
moeda está na ponta da língua.
Não pague o mal com o mal, reze pelos que lhe fazem mal,
perdoe sem cessar e a lista de ensinamentos não termina por aí, é extensa e
judia do cristão. Pois bem, nem Jesus disse que seria fácil entrar no reino de
Deus: “Eu vos repito: é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do
que um rico entrar no Reino de Deus. A estas palavras seus discípulos,
pasmados, perguntaram: Quem poderá então salvar-se? Jesus olhou para eles e
disse: Aos homens isto é impossível, mas a Deus tudo é possível” – Mateus 19,24-26.
Fonte: Jefferson Roger
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