Num dia como o de hoje, onde o diabo, intitulado biblicamente
como o pai da mentira, se alegra muito com a comemoração do dia da mentira, enquanto
as pessoas se divertem com mentirinhas, mentiras e mentironas, grandes mentiras
e por aí vai, deixando de lado o divertimento que a data incentiva, quando
propõe que as pessoas “preguem uma peça” nas outras, abordemos a questão das mentiras
com um viés muito mais sério.
Vejamos o nosso maior exemplo, Jesus Cristo. Sua honestidade
era tanta que ele jamais utilizou de eufemismo para amenizar seus duros,
diretos e objetivos ensinamentos. Sua verdade sempre incisiva e marcante, nunca
deixou espaço para exceções ou amenizações. Tanto é que certa vez ele disse aos
discípulos que “é muito difícil entrar no reino de Deus”.
Já pensou, caro leitor, ele vem trazer a boa nova e junto
com ela uma ‘bomba nova’: todas as promessas divinas no aqui e agora e no
acolá, no paraíso, só serão recebidas ao custo de muito esforço. Afinal, é isso
que Deus espera de cada um, que subamos o caminho do céu, apoiados em seu filho
Jesus (João 15,5), certos do auxílio maternal de Nossa Senhora (João 19,26) e
sempre perseverantes na oração. Pois, “aquele que perseverar até o fim será salvo”
– Mateus 10,22.
E se temos que ser seus imitadores (1ªCoríntios 11,1 – Efésios
5,1), nos resta também buscarmos a verdade, sempre, e em tudo sermos honestos. Uma
analogia: certa vez, na década de oitenta, precisamente no ano de mil, novecentos
e oitenta e cinco, passava um desenho, que os mais de idade irão se lembrar,
chamado ‘Thundercats’. Num dos episódios, acontecia uma batalha entre o bem e o
mal, onde o mal, sorrateiramente pediu trégua. O guerreiro do bem, sabendo que
seria traído, comportou-se como se fosse aceitar, mas tão logo surgiu a
oportunidade, o maldoso guerreiro veio em ataque pelas costas, onde foi surpreendido
por uma defesa e um desfecho final. Perguntado ao bom combatente sobre sua
atitude ele disse: é melhor um inimigo honesto do que um falso amigo.
Como vemos, nesse pequeno exemplo devemos ser assim, sempre
honestos, ao contrário do diabo que se faz de falso amigo, e para com ele [o
demônio e seus séquitos], devemos ser inimigos, pois, quanto ao próximo Jesus
nos pede que rezemos por eles (Mateus 5,44).
Fonte: Jefferson Roger