A bíblia sagrada serve para muita coisa, todavia, além
daquilo para o qual foi, por desejo de Deus, originalmente criada, ela serve de
pretexto para muitas pessoas, serve para pincelar algum versículo que
justifique algo fora do contexto e é alvo do público que, por não querer coisa
séria na vida em relação ao projeto de Deus, a rotula como um livro de
proibições.
O sujeito até tenta viver como Deus quer, mas, quanto mais
se aprofunda na palavra de Deus mais vai se deparando com uma grande realidade:
a bíblia é muito dura no que concerne ao modo de se viver para chegar ao céu.
Parece sim, um livro de regras muito rígidas e um livro repleto de proibições.
Só que tudo depende do ponto de vista e de onde está nosso
coração e de como ele está. Lemos na bíblia que onde está nosso coração aí está
o nosso tesouro. E Jesus disse que tudo que mancha o homem (se referindo ao
pecado), nasce no coração. Mais afastados de Deus e de sua palavra, mais nos
parece que Deus é um carrasco, desmancha prazer, um castigador e ditador, quem
quiser entrar em seu reino que se sujeite as mais duras pelejas, como se ele
quisesse descontar em cada um o que fez seu filho Jesus Cristo passar.
No entanto, se mais próximos de Deus, sua palavra é libertadora,
porque caminhando sob seu jugo estamos além da pestilência do inimigo e sabemos
que “Deus corrige e castiga aqueles que ama e tem por seus filhos” – Provérbios
3,11-12. Se mais próximos dele, as proibições não nos chamam mais a atenção e
não nos despertam mais o interesse. Aquele ditado que diz que “o proibido é
mais gostoso” cai por terra muito facilmente porque a pessoa sabe que Deus vê
no oculto e nada lhe escapa ao olhar. A pessoa sabe que seu criador lhe
acompanha durante toda a vida e todo o tempo e por isso vive em si o santo
temor que a liberta para uma vida da graça.
Pode parecer que é complexo tudo isso e talvez até seja; não
foi à toa que Deus nos presenteou com a fé, que se cultivada e inabalável nos
coloca na direção certa, não importando, como diz São Paulo, todos os
sofrimentos da presente vida, que não se comparam com a glória dos céus que nos
será revelada.
Fonte: Jefferson Roger
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