A vida de muitos santos e santas de Deus, depois que tiveram
a experiência do encontro com Jesus Cristo, assim como os relatos do apóstolo
São Paulo, passou a ser um grande peso, um grande martírio, porque, com o
coração preenchido por aquilo que só pode preenche-lo [o amor de Deus], passa a
não existir mais no mundo algo que coloque brilho nos olhos do cristão.
Quando a alegria eterna pode ser vislumbrada, ainda que por
um instante, esse gozo imenso e insubstituível e incomparável não pode mais dar
lugar as felicidades, prazeres, diversões e alegrias do mundo. Claro, ainda se
pode viver uma vida agradável aqui na terra, porém, contando os minutos para
que o grande dia do “Vinde Benditos de meu Pai” possa ser ouvido da boca de
Jesus Cristo.
No dia 11 de abril a igreja faz memória a Santa Gema Galgani (uma das minhas
padroeiras), o terror dos demônios, “intitulada pelos exorcistas”. Santa Gema
que morreu muito cedo, aos 25 anos, e teve uma vida de alegrias terrenas, mas
familiares, porém, com o doce pesar de viver aqui longe da sua pátria celeste,
o paraíso.
Com o passar dos seus poucos anos de vida, foi aprendendo
com Jesus a respeito da quantidade de coisas inúteis e desnecessárias que nos
rodeiam durante a vida. O mundo jaz sobre o poder do maligno, lemos na bíblia e
este maligno, Jesus o chama de príncipe do mundo.
Portanto, não é à toa que nosso salvador vai ensinando
através de seu evangelho sobre as inutilidades que o pecado traz para a vida da
graça, já que a envenena e faz a alma perder o céu, e também a respeito de uma
vida longe de atitudes completamente desnecessárias se a pessoa deseja um dia
viver ao lado do ressuscitado para todo o sempre.
Afinal, a coisa é séria e apesar de gostarmos das coisas
boas e saudáveis da vida, devemos sempre ter em mente sobre a necessidade de
vivermos uma vida “firmes na justiça e no temor, com a alma preparada para a
provação; o coração humilhado, pacientes em esperar, dando ouvidos e acolhendo
as palavras de sabedoria; não nos perturbando no tempo da infelicidade, sofrendo
as demoras de Deus; dedicando-nos a ele, sempre pacientes no esperar, a fim de
que no derradeiro momento nossa vida se enriqueça. Aceitando tudo o que nos
acontecer. Na dor, permanecendo firmes; na humilhação, tendo paciência. Pois é
pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata, e os homens agradáveis a Deus,
pelo cadinho da humilhação. Portanto, coloquemos nossa confiança em Deus e ele nos
salvará; orientemos bem o nosso caminho e esperemos nele. Conservemos o temor
dele até na velhice” (Eclesiástico 2,1-6).
Fonte: Jefferson Roger
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