domingo, 29 de maio de 2022

Ouvidos atentos


“Os olhos do Senhor estão voltados para os justos, e seus ouvidos atentos aos seus clamores” – Salmo 33,16. “Senhor, ouvi minha oração. Que vossos ouvidos estejam atentos à voz de minha súplica. Se tiverdes em conta nossos pecados, Senhor, Senhor, quem poderá subsistir diante de vós? Mas em vós se encontra o perdão dos pecados, para que, reverentes, vos sirvamos. Ponho a minha esperança no Senhor. Minha alma tem confiança em sua palavra. Minha alma espera pelo Senhor, mais ansiosa do que os vigias pela manhã. Mais do que os vigias que aguardam a manhã, espere Israel pelo Senhor, porque junto ao Senhor se acha a misericórdia; encontra-se nele copiosa redenção” – Salmo 129,2-7.

Como vemos, apesar de reconhecermos pela oração que dependemos de Deus para irmos ao céu, no clamor das palavras pedimos que ele volte seu ouvido de forma atenta às nossas orações. Ora bolas, nada demais, todavia, primeiro devemos agir dessa maneira em relação aos seus ensinamentos.

Não é isso que aprendemos da santa palavra? Sede sóbrios e vigiai, ficai atentos, orai sem cessar e tantas outras exortações divinas que nos ensinam que não devemos dar ouvidos ao canto da sereia, pois, as ofertas malignas vêm sempre disfarçadas em pratos saborosos. Jesus disse que estamos avisados sobretudo, não temos desculpa, se optarmos pelo mal, isso nos será dado, já que Deus nos concede a liberdade de escolha.

Se quiseres guardar os mandamentos, e praticar sempre fielmente o que é agradável (a Deus), eles te guardarão. Ele pôs diante de ti a água e o fogo: estende a mão para aquilo que desejares. A vida e a morte, o bem e o mal estão diante do homem; o que ele escolher, isso lhe será dado, porque é grande a sabedoria de Deus. Forte e poderoso, ele vê sem cessar todos os homens. Os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, e ele conhece todo o comportamento dos homens. Ele não deu ordem a ninguém para fazer o mal, e a ninguém deu licença para pecar; pois não deseja uma multidão de filhos infiéis e inúteis” – Eclesiástico 15,16-22.

Fonte: Jefferson Roger


 

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sexta-feira, 27 de maio de 2022

A mãe que nos ajuda


Nossa Senhora Ajuda dos Cristãos! Caro leitor, já conhecia esse título atribuído à mãe de Deus? Pois bem, não lhe parece na mesma linha de Nossa Senhora Auxiliadora, das Mercês, do Bom Conselho, do Perpétuo Socorro? Ela que é a Mãe de Deus, a corredentora da humanidade, a concebida sem pecado original, certamente muito se aproxima de nós com sua humildade, assim como fez às pressas quando ainda grávida do menino Jesus saiu em auxílio de Izabel, para nos ajudar naquilo que precisamos para configurar nossa alma ao modelo de Cristo. ‎

E esta sua atitude, ao devoto mariano que muito ama Jesus Cristo, é compreensível porque como ela é a Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo e nossa Mãe, ela está permanentemente disposta a nos ajudar em todas as nossas necessidades. São Luiz Maria Grignion de Monfort – autor do tratado da verdadeira devoção – vai dizer que ‘se houvesse no mundo uma mãe solteira reunindo em seu coração todas as formas e graus de ternura que todas as mães do mundo teriam para um único filho, e se essa mãe tivesse apenas um filho para amar,‎‎ ela o amaria menos do que Nossa Senhora ama a cada um de nós.’

Pois bem, podemos compreender um pouco o quanto ela nos quer no céu, manifestando assim tão grande amor. Em suas aparições já nos disse que “se soubéssemos o quanto ela nos ama, choraríamos de amor”. E nos ama tão caro, ‎‎por mais indefesos, equivocados ou espiritualmente mancos que possamos ser,‎‎ que, ao menor sinal de pedido de ajuda, ela se volta numa atitude de amor e prontidão para ajudar. Ela nos acompanha antes mesmo de nos voltarmos para ela e está ciente do que acontece com todos os homens, em todos os lugares‎‎. ‎

Sabe das nossas necessidades e é através de sua intercessão que podemos contar com seu auxílio. Podemos refletir dessa forma: quando nos voltamos para ela, sua primeira pergunta certamente poderia ser: ‎‎"Meu filho, minha filha, o que você quer?"‎

‎Quem hesitaria em responder a tal pergunta feita por uma mãe tão cheia de amor, tão cheia de poder para ajudar os seus filhos?‎”

Fonte: Jefferson Roger


 

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quinta-feira, 26 de maio de 2022

Cansei de correr atrás


Durante a caminhada para o céu, certamente o fiel vai se deparando com realidades muito duras; dificuldades que parecem sempre aumentar e, vez por outra, quando imagina estar em meio a uma calmaria, é surpreendido por outros confrontos que, se não estiver com os pés bem plantados no chão, podem tirar a paz de espírito.

Então, ao percorrer o olhar sobre as realidades vizinhas, a grama do vizinho lhe parece mais verde, a vida mais fácil, menos problemas, mais facilidades e tudo aquilo que não se alcança com tanto esforço parece que aos outros, “cai no colo”. Puxa vida viu! Correr atrás dos sonhos, anseios e desejos dá muito trabalho; tudo porque existe uma condição dificultadora: o desejo de agradar a Deus.

Tão logo na equação da vida isso se faça presente, o preço a se pagar pela salvação da alma sobe quase que imediatamente e sempre gradativamente. Deus dá o mínimo e pede o máximo nesta vida e nem poderia ser diferente. Mas, convenhamos, não é bem nesta linha que o sujeito deve englobar seus pensamentos; dessa forma eles se mostram contaminados pelas ofertas do mundo que insistem em colocar o Pai Eterno como nosso inimigo, aquele que é desmancha prazer e tem prazer no sofrimento de suas criaturas.

Belo trabalho do diabo, que convence os filhos de Deus a esse respeito. A vida não se cansa de golpear duramente e nosso inimigo, vendo nossa tentativa de seguir em frente sem o auxílio divino, mais que depressa oferece seu abraço amigo e suas opções de curto prazo. Vencidos pelo cansaço da caminhada solitária desanimamos e Deus é varrido para bem longe de nosso dia a dia. Pobre daqueles que perderam a fé e acham que sofrer os desígnios de Deus é um castigo vingativo e imputado por prazer. Ainda que fosse, seria de nosso merecimento, pois, como filhos mimados queremos tudo e queremos viver ao nosso modo e, no final da jornada, queremos também, se não bastasse nossa ousadia, entrar no paraíso. Tudo errado! Não é assim!

Jesus passou pelos sofrimentos e abriu o caminho que devemos percorrer; ora, mas é claro que nele os sofrimentos nos aguardam e ademais: “Deus castiga e corrige aqueles que ama e tem por seus filhos”. Então, quando enfrentarmos a tentação de não buscar mais as coisas do alto, devemos refletir muito qual é a consequência por não as buscar.

Fonte: Jefferson Roger


 

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terça-feira, 24 de maio de 2022

Obediência desde a infância


 

Ela está inserida no processo de educação do ser humano. Não adianta, em algum ponto da caminhada, para não dizermos em muitos deles, fatalmente teremos que obedecer. Desde algo simples até coisas mais sérias e grandiosas. Existe um ditado que diz que é mais fácil obedecer do que mandar.

Parece muito verdade, pois aquele com autoridade para mandar um dia nesta vida terrena foi obrigado a obedecer. Obrigado pela sua livre escolha de fazer a vontade de Deus. Quanto a nós, a caminhada cotidiana é repleta de regras a serem seguidas, normas sociais, regulamentos, leis e, é claro, mais importante que tudo isso: nossa obediência a Deus.

Se somos educados desde os primeiros anos a respeitar valores divinos, desejados, queridos, criados e impostos por nosso criador, vamos crescendo e amadurecendo e com isso nos tornamos capazes em assumir as responsabilidades. Deixamos nos anos da infância e juventude as infantilidades e mudamos o comportamento em vistas das adversidades que cada vez mais cobram um compromisso com as coisas do alto.

Na terra, vamos exercitando a obediência aos vários sistemas morais e éticos que a vida em sociedade ensina e exige; se desde a tenra idade o fazemos, sabemos por conta dessa prática que é na família, na chamada igreja doméstica, que o molde de salvação – Jesus Cristo – é aprendido e colocado em prática diariamente.

Uma criança que consegue enxergar na família os valores e dificuldades da caminhada a sós e acompanhada (características familiares), percebe que o porto seguro é murado e protegido, porém, constantemente atacado pelos que não querem seus membros um dia no céu. A família provê o alicerce, Deus o abençoa, Jesus o conduz e o Espírito Santo santifica as almas pertencentes ao céu. Quando seus membros acostumam em viver o que Deus quer, pede, orienta e ensina, obedecer torna-se algo prazeroso porque aqueles que obedecem o fazem por nesta atitude encerra aos perseverantes a gloria e felicidade eternas no paraíso.

Fonte: Jefferson Roger

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sexta-feira, 20 de maio de 2022

Descuidos na caminhada


Não importa o quanto uma pessoa esteja preparada fisicamente para a prática de um exercício físico como uma corrida ou caminhada. Se durante o percurso não tomar os devidos cuidados no decorrer do exercício, corre o risco de sofrer um acidente de proporções preocupantes, quiçá até graves.

Pode ser uma simples virada de pé num buraco, ou um tropeço que a leve ao chão. Pode ainda ser um tropeçar entre as pernas que a derrube sem muita chance de defesa. Pode também, num erro de cálculo, não conseguir transpor um obstáculo, como um meio fio, e sofrer um grave acidente. Como vemos, de muito pouco valerá o preparo físico se não houver concentração e atenção durante a prática desportiva. Um acidente fatal poderá mudar definitivamente o rumo da história pessoal.

Se essa é a realidade de todos, quanto à matéria, quem dirá quanto ao espírito que precisa ser salvo da condenação eterna (nossa alma). São Paulo vai dizer aos Coríntios que “quem está de pé cuide para que não caia”. Sua fala corrobora o mandato de Jesus que nos recorda que a vigilância em vida deve ser constante, pois, como nos exorta São Pedro, o diabo nos espreita como um leão procurando a quem dar o bote.

Parece sempre mais do mesmo, sempre a mesma história alguns podem pensar. Todavia, a vida diária não tem uma parte composta por rotinas? Foi como nos alertou o Cristo, a cada dia basta o seu cuidado e nos cuidados diários estão incluídos aqueles que devemos tomar no principal caminho de nossas vidas: o caminho da porta estreita, que nos leva ao céu, para a glória e felicidade eternas no reino que nos foi preparado desde o início dos tempos; onde não haverá mais choro e ranger de dentes e toda lágrima será enxugada. Por certo, para os que creem em Deus, todo cuidado não será demais e valerá todo esforço.

Fonte: Jefferson Roger


 

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terça-feira, 17 de maio de 2022

Pequenas conquistas


Em certo ponto da vida, a pessoa depois de uma longa caminhada “abraçada” aos vícios e aos pecados, decide, movida pela graça de Deus, a converter-se, abandonando tudo que não irá contribuir para sua salvação e passando a trilhar novamente o caminho no qual foi inserida a partir de seu nascimento: o caminho da porta estreita, que irá leva-la ao céu.

Motivada por alguma situação, inflamada em seu vigor espiritual, a alma rejuvenescida se empenha na retomada de suas práticas religiosas. Quer recuperar o tempo perdido que desperdiçou em sua vida desregrada e não cessa um só instante de agir conforme é do agrado de Deus.

Isso é muito bom, na verdade, maravilhoso, mas, olha ele aí – o mas – existe um grande perigo. Podemos até dizer que o perigo é um dos temperos da vida. A pessoa busca grandes feitos e quer radicalizar nas atitudes de conversão. Esquece quanta bagagem e maus costumes acumulou em vida e pensa ser possível – olha o erro aí – por meios próprios, promover grandes feitos e até heroicos, tudo, para galgar os degraus mais distantes, pois, afinal, a pressa agora é sua.

Ao invés de agir com prudência e pés no chão, ou como dizia Santo Antonio Maria Claret: “quem quer se salvar, tenha Deus no coração, o paraíso na mente e o mundo debaixo dos seus pés”, o candidato ao céu faz o que? Caminha na contramão da sua capacidade natural. Precisa aos poucos e em doses menores, mas decisivas e constantes, ir purgando de si todo o mal. Erra indo com muita sede ao pote, sem o auxílio divino correndo com isso muito perigo e, como disse Jesus: a recaída nestes casos é sete vezes pior. Portanto, cuidado é o que devemos ter, “quem está de pé, cuide que não caia, disse São Paulo; vigiai e orai sem cessar porque o espírito está pronto, mas a carne é fraca, disse Jesus.

Fonte: Jefferson Roger


 

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segunda-feira, 16 de maio de 2022

Eu e os problemas


Parando para pensar, me deparo com a imensidão de problemas que a vida nos impõe. Ademais, não bastasse isso, minhas atitudes erradas me colocam numa posição de não só fazer parte deles – dos problemas – mas também ser um. Fico a pensar se em alguma coisa sou bom, ou se a única coisa em que sou bom é ser mau. Talvez, se isso for assim mesmo e eu for bom nisso, muito bom, então não faço parte da solução e sim do problema.

Puxa vida, será que, já que não sou bom em mais nada sou perito nisso? Na arte de arrumar confusão? Em criar problemas?

Tudo me parece um problema ou um problemão. Mas me meto nessas situações por que quero ou por que meu orgulho e egoísmo dominam minhas atitudes? Tenho que pensar mais a respeito de mim. Refletir com mais rigor sobre como anda minha conduta. Pode ser que eu esteja me dando um tapinha nas costas e me premiando por coisas que agradem ao mundo enquanto ao mesmo tempo desagradam a Deus. “Adúlteros, não sabeis que o amor do mundo é abominado por Deus? Todo aquele que quer ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” – Tiago 4,4.

Todavia, enquanto a graça divina e diária nos permite viver, podemos no agora retomar o rumo de nossas vidas, deixarmos o homem velho para trás, com seus vícios, reincidências erradas e recaídas, e passarmos a colocar nosso coração nas coisas que não passam – os tesouros do céu. Afinal, não é para lá que queremos estar um dia? Se sim, então precisamos parar de reclamar, levantar os olhos na direção de Deus, estender a mão pedindo a ajuda de Jesus e lembrar, como citado num filme de animação da Sony, chamado “Smurfs”, que “não são problemas, são oportunidades”.

Se a ficção consegue dar exemplo das verdades que a realidade de nossas vidas nos apresenta, não podemos ficar inertes ao tão real e verdadeiro chamado de Jesus que disse: “Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve” – Mateus 11,28-30.

Artigo relacionado:

Não são problemas, são oportunidades

Fonte: Jefferson Roger


 

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sexta-feira, 13 de maio de 2022

Como anda o acerto de contas diário?


Não é isso que cada um deve fazer todos os dias, inclusive ao menos três vezes ao dia? Sim, caso não saiba, essa é uma prática religiosa muito antiga: de pela manhã, ao meio dia e quando vamos dormir, refletirmos como foi nossa relação com Deus, nossos propósitos, desempenho ao longo do dia e conclusão a respeito dos saldos vividos.

Não é salutar para a alma colocar sua única chance de salvação apenas numa tacada vencedora. Diariamente é mais fácil fazer a “manutenção” da saúde física, mental e espiritual, do que se arriscar a uma graça extraordinária advinda dos céus, para o último minuto de nossa existência neste vale de lágrimas.

É bom irmos bem na caminhada que por si só, sempre será difícil. Para que dificultar ainda mais aquilo que pela providência divina – carregarmos nossa cruz – já é uma tarefa que demanda muito empenho? Na vida, por conta de nossa natureza, vamos caindo e levantando inúmeras vezes. Não é possível alguém se isentar disso. Todos nós caímos e tivemos que levantar.

Pior então, já que essa realidade é a sina de cada um, seria ou será, cair – vencidos pelo pecado – e não mais levantarmos. Ficarmos chafurdando na lama dos pecados, teimosos a vontade divina, sem a humildade para nos humilharmos e pedirmos que Deus nos acolha em sua misericórdia e amor infinitos. Afinal, o ser humano se corrompido for, pensa inutilmente que caminha sob uma tutela maior e melhor, e faz de Deus o seu inimigo principal, aceitando a verdade distorcida pelo demônio que nos coloca sob seus mimos. Pobre da alma que age assim, há muito desistiu de se colocar sob a rígida e reta prática dos exames de consciência, que estão ao dispor de todos para que fiquemos no caminho da porta estreita, a porta do céu, que irá nos gloriar com a coroa da felicidade eterna no reino dos céus, preparado por Jesus aos aptos para ouvirem o “Vinde Benditos de meu Pai”.

Fonte: Jefferson Roger


 

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quinta-feira, 12 de maio de 2022

Puxão de orelha

 


Não importa a idade ou a época em que nos encontramos em nossa vida. Sempre iremos receber de Deus, nosso criador, um puxão de orelha aqui e outro acolá. Não importa, vai acontecer; e mais, ele “corrige e castiga aqueles que ama e tem por seus filhos” – lemos no livro dos Provérbios. Ademais, por ser todo poderoso, onisciente e onipresente, com seu pesado braço poderoso a esperar o decreto do justo juiz, quis também que um auxílio divino e maternal fosse colocado a nossa disposição.

Todos nós bem sabemos que na grande maioria das vezes recorremos primeiro a nossa mãe, depois ao nosso pai. Os filhos, em casa, naturalmente e podemos dizer até, instintivamente, seguem essa ordem nas petições e auxílios familiares. Não que o pai, o marido, seja colocado em segundo plano na ordem da importância, pois, são papéis diferentes; todavia, a brandura e ternura maternal oferece um alento maior para a alma dos angustiados. É o famoso colo da mãe.

Bem aventurada foi Santa Catarina Labouré que pode aconchegar-se, sentada aos pés, no colo de Nossa Senhora.

Biblicamente vimos o episódio da festa das bodas onde os anfitriões falaram com a mãe de Jesus, “avisando” que o vinho tão logo estaria a faltar. Com o jeitinho de mãe, ela falou com o ressuscitado e pôs fim ao impasse. A Virgem Maria é assim, nossa mediadora junto a seu filho. Ela não faz por nós, nos ajuda, ensina, orienta. Ela não substitui o seu filho – vamos recordar que são papéis diferentes.

A mando de Deus Pai tem comparecido a humanidade por toda a parte ao longo de sua história para fazer o que as mães sabem: puxar a nossa orelha quando é preciso. Mostrar com seu jeito amável que estamos nos perdendo, lutar por nós contra os que nos querem no inferno para que, livres do perigo, possamos ser imitadores do seu filho Jesus (1ª Coríntios 11,1). Ele, que é o caminho, verdade e vida, ponte única para Deus, certamente se alegra ao nos ver obedientes a sua mãe, dando-lhe ouvidos, aprendendo dela como que ele quer que sejamos e façamos, pois, ela nos quer um dia no céu, na felicidade eterna, nas moradas preparadas para cada um. Uma vida terrena sem a mãe ou prematuramente privada de sua presença aqui neste vale de lágrimas tem um pesar muito grande. Felizes o que podem contar com a mãe terrena por longos anos na terra, embora cada ano é valiosíssimo. Todavia, a felicidade é maior ainda por termos para todo o sempre o amor da Virgem Maria por cada um de nós, amor que vai até as últimas consequências.

Fonte: Jefferson Roger


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segunda-feira, 9 de maio de 2022

Desobediência ou Teimosia


Essas duas ações existem, não se pode nega-las. No entanto, a inteligência concedida ao homem, por Deus, e também seu livre-arbítrio, permitem que esse utilize no curso de sua vida da maneira que melhor lhe convir. Eis o perigo da coisa, pois, o diabo nos tenta para que pratiquemos a desobediência e a teimosia, contra Deus, assim como ele o fez.

Todavia, podemos nos dar muito bem nessas questões, colocando-nos incessantemente ao lado de Deus e, ao invés de fazer mau uso do que estamos a falar, tratarmos de virar o veneno contra quem o expele. Como lemos na bíblia que devemos lutar contra o pecado até o sangue, significa interpretar que devemos desobedecer ao demônio o tempo todo; não podemos nunca dar ouvidos ao que diz, aceitar suas ofertas e com isso, na vida de pecados, obedecer a sua palavra ao invés da santa palavra dos céus.

Da mesma maneira, devemos ser pessoas teimosas, no sentido de sermos persistentes e irredutíveis quando o assunto é agirmos em benefício da salvação de nossas almas. Ele, nosso inimigo número um, deve sentir “na pele” que nós somos criaturas teimosas, que insistimos até a morte a obedecermos ao que vem de Deus, infinitamente decididos a não ceder ao mal por nada nesse mundo. Temos que ser teimosos em não dar ouvidos ao canto da sereia e aos pratos saborosos que disfarçam os pecados e as quedas pelo caminho da porta estreita.

Portanto, desobediência ou teimosia? Os dois contra o maligno e nenhum contra o altíssimo. Se existe algo que devemos temer é a possibilidade real de perdermos o direito de entrarmos no paraíso porque, ao contrário de obedecermos e sermos dóceis nas mãos de Deus, escolhermos a rebeldia, sendo desobedientes e egoístas e inflexíveis, sendo teimosos, quanto ao que Deus nos pede, é exatamente isso que nos aguarda o dia do veredito final. Dessa forma, com essa atitude pautada em nossas escolhas, o saldo que iremos receber no dia do juízo por aquele que irá nos julgar por nossas obras (Apocalipse 22,12), pode não ser aquilo que esperamos e nesta altura, o leite derramado não adianta ser chorado.

Fonte: Jefferson Roger


 

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sábado, 7 de maio de 2022

Cuide de sua família


Todo mundo sabe que em um cesto de maçãs saudáveis e maduras, se apenas uma – estragada, quase podre – for colocada dentro do cesto, todas as outras “adoecerão”. A analogia é válida porque, para que um membro de nossa família “se estrague” e promova o risco de corromper os demais da casa, basta trazer as más influências do mundo para o lar e pronto: as coisas podem começar a dar errado.

Todavia, no cesto de maçãs, basta uma “fiscalização” para que seja identificada a fruta que está passando do ponto, assim como, por exemplo também, a constante atitude de tirar os matinhos dos canteiros da horta para que as hortaliças cresçam saudáveis. Pois bem, bons exemplos e maus exemplos educam, tanto para o bem quanto para o mal.

Cuidemos, como diz a bíblia: “cuida da sua religião e seu povo” – 1ª Macabeus 3,43. E o seu povo, o nosso povo, começa em casa, na igreja doméstica chamada de família. Família, desejada por Deus desde o início dos tempos, pensada e criada por ele, exemplificada na sagrada família de Nazaré, ela é alvo constante dos ataques do maligno, pois, se um membro cair os outros ficam mais enfraquecidos e mais vulneráveis aos pecados.

Por isso, coesão familiar, mesmas direções, mesmo embasamento em Deus e em sua palavra devem alicerçar a vida desse lar, do contrário, se a igreja doméstica, que sempre será atacada, permitir que as portas do inferno prevaleçam sobre ela, o que será dos que ali residem?

Fonte: Jefferson Roger


 

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sexta-feira, 6 de maio de 2022

Cuidado com o desrespeito


Ou você respeita, ou deixa de respeitar ou, o que é pior, desrespeita. O sujeito é assim, se lhe convém, respeita, quando deixar de convir, deixa de respeitar e quando a obrigação lhe causa desconforto, desrespeita. Sabe-se de longa data que o respeito deve ser ensinado; sobre ele, muitos ditados populares existem. Como exemplo, citamos: “respeito é bom e eu gosto”.

Agora, apropriando-se desse dito popular, imaginemos apenas por um instante, que Deus aparecesse para nós e nos dissesse esse ditado. Qual seria nossa reação? Aquele que nos criou, que manda em nossas vidas e que, com um simples sopro de seu Espírito, concedeu sua força vital e que, ao menor desejo, pode interromper nossa jornada, pede de cada um muitas coisas. Se o acatamos, então cabe a cada um seguir os mandatos, pois, não se pode escolher alguma coisa pela metade, tudo tem que ser por inteiro. Você não escova alguns dentes, ou escova todos ou não.

Ademais, como lemos em Eclesiástico 11,9 – “Não indagues das coisas que não te dizem respeito; não te assentes com os maus para julgar”, a palavra também nos remete para outra vertente. Como no versículo descrito acima, Deus nos ensina que não devemos desperdiçar tempo correndo atrás do que não fará falta saber, no dia do juízo final.

E cabe também, quanto a consideração do respeito, o cuidado para não colocar o respeito humano acima do respeito que devemos a Deus, pois “há quem perca a sua alma por causa do respeito humano; perde-a, cedendo a uma pessoa imprudente; perde-se por atender demasiadamente a uma pessoa” – Eclesiástico 20,24.

Para encerrarmos a questão da convivência que devemos ter com Deus, a sua santa palavra nos recorda: “Filho meu, não desprezes a correção do Senhor. Não desanimes, quando repreendido por ele; pois o Senhor corrige a quem ama e castiga todo aquele que reconhece por seu filho (Pr 3,11s). Estais sendo provados para a vossa correção: é Deus que vos trata como filhos. Ora, qual é o filho a quem seu pai não corrige? Mas se permanecêsseis sem a correção que é comum a todos, seríeis bastardos e não filhos legítimos. Aliás, temos na terra nossos pais que nos corrigem e, no entanto, os olhamos com respeito. Com quanto mais razão nos havemos de submeter ao Pai de nossas almas, o qual nos dará a vida? Os primeiros nos educaram para pouco tempo, segundo a sua própria conveniência, ao passo que este o faz para nosso bem, para nos comunicar sua santidade” – Hebreus 12,5-10.

Fonte: Jefferson Roger


 

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quarta-feira, 4 de maio de 2022

O demônio disse que não é bem assim


Tudo isso que é “pintado” sobre Deus aos homens não é totalmente genuíno. Afinal, é claro que para vender o seu peixe existem duas técnicas: falar mal do peixe do outro ou falar muito bem do seu próprio, o que seria muito mais honesto. Há quem diga que os livros de história, em sua maioria, narram os acontecimentos sempre a partir do ponto de vista dos vencedores.

Até aí nada de ruim e nada demais, todavia, o perigo da falta de honestidade pode induzir as narrativas a omitirem possíveis atitudes que denigram suas imagens. Afinal, pode um ato ilícito prejudicar uma reputação e com isso os véus de nobreza e retidão, moral e ética, podem despencar das alturas como um raio.

Uma coisa é certa, e isso é um dos grandes triunfos do demônio: ele mistura verdades com mentiras, é sutil e manobra maravilhosamente bem as palavras através de suas catervas infernais e dos que a ele aderem. Por isso o mundo “pinta” sobre Deus as suas verdades, misturadas com sua essência. Então, na contramão dessa situação, Jesus Cristo nos ordenou a vigilância e disse que os eleitos não podem ser enganados pelo mal e pelos que o praticam.

E assim, todos mergulhados no oceano das palavras e tudo que delas procedem, precisam a cada dia compreender a precisão do que elas ensinam. Sobretudo, para a salvação da alma, o que ensinam as santas palavras. O diabo disse que Deus omite coisas do nosso interesse e proíbe além do necessário, mas a palavra divina diz que só o que nos interessa saber está revelado (para a salvação de nossas almas). Aquilo que nos proíbe não supera as necessidades que o livre arbítrio possui, pois, se amamos a Deus acima de todas as coisas, nenhuma proibição vai além desse amor. A alma próxima e em comunhão com seu criador se eleva cada dia e cada vez mais, deixando para trás as falácias maléficas que querem “pintar” Deus como um velhote desmancha prazeres e um carrasco castigador, um executor de desgraças terrenas. O inimigo omite e quer mudar o sentido das coisas, por exemplo, que “Deus corrige e castiga aqueles que ama e tem por seus filhos”.

Fonte: Jefferson Roger




 

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segunda-feira, 2 de maio de 2022

O amor pela mãe


Todo mundo gosta da sua mãe, todo mundo dela precisa muito e sabe que pode contar com ela sempre. Mãe tira da sua boca para alimentar o filho, deixa de comprar roupas para vestir o filho. Mãe se importa em primeiro lugar com o filho. Mãe é assim, um exemplo aqui na terra do amor de Deus por cada uma de suas criaturas.

Pois bem, e Nossa Senhora, a mãe de Jesus? Certamente amava e ainda ama muito seu filho. E imaginemos, se é que podemos colocar nestes termos, o orgulho que ela deve sentir por ser mãe de um filho que tanto fez e faz por cada um de nós. Jesus Cristo, modelo supremo de santidade, também foi modelo para a Virgem Maria.

Ela, que recebeu enquanto seu filho sofria na cruz, a missão de ter por nós a responsabilidade de uma mãe. Só que ela foi mais longe, não quis apenas ser responsável por nos ajudar a imitar o seu filho; ela colocou sua missão em seu coração e passou então a nos amar com um amor maior do que podemos compreender.

Ela que conhece as três realidades – céu e purgatório, inferno e a vida na terra – sabe muito bem o quanto precisamos de toda a ajuda possível para que um dia possamos deixar esta passageira vida terrena para saborear as alegrias eternas que nem conseguimos imaginar. Quem pensa assim, reconhece uma grande dádiva de Deus em poder contar com tantos auxílios do mais alto gabarito. Assim quis por nós que fosse acontecer, tudo por vontade do Deus do impossível.

Sabemos muito bem que quando um filho pede algo a uma mãe ela corre atende-lo. Com Nossa Senhora não seria diferente. Podemos ter certeza de que ela faz por nós o melhor que pode, primeiro, por amor a Deus, segundo, por amor ao seu filho Jesus e terceiro, por amor a cada um de nós. Ela está aí, por que não pedir seu auxílio maternal? A Virgem Maria, sublime intercessora junto a Jesus, uma mãe que nos ajuda a nos configurarmos a vontade do Pai, pois, Maria é despojada de vaidades e não quer nada para si; quer sim que a ouçamos, pois, onde está o filho aí está a sua mãe, e a mãe nos quer um dia no céu, gozando daquilo que ela já sabe que nos aguarda e que por hora, por conta do amor que tem por cada um, deixou de desfrutar porque precisa trabalhar todos os dias pelos filhos de Deus.

Fonte: Jefferson Roger


 

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domingo, 1 de maio de 2022

Sempre é hora de trabalhar

 


E aqui estamos a falar do empenho em sempre trabalharmos com afinco, temor e tremor de Deus, pela salvação de nossa alma, pois, “os desejos do preguiçoso o matam porque suas mãos recusam o trabalho” – Provérbios 21,25. E trabalhar durante a vida para que um dia alcancemos o céu, segundo a base de fé cristã, seu fundamento, Nosso Senhor Jesus Cristo, exige um grande comprometimento com as coisas do alto, as coisas que não passam.

“Quanto ao fundamento, ninguém pode pôr outro diverso daquele que já foi posto: Jesus Cristo. Agora, se alguém edifica sobre este fundamento, com ouro, ou com prata, ou com pedras preciosas, com madeira, ou com feno, ou com palha, a obra de cada um aparecerá. O dia do julgamento demonstrá-lo-á. Será descoberto pelo fogo; o fogo provará o que vale o trabalho de cada um. Se a construção resistir, o construtor receberá a recompensa” – 1ª Coríntios 3,11-14.

Portanto, “sede firmes e inabaláveis, aplicando-vos cada vez mais à obra do Senhor. Sabeis que o vosso trabalho no Senhor não é em vão” – 1ª Coríntios 15,58.

Como vemos, caro leitor, precisamos ser obedientes a palavra de Deus, pois, aos seus seguidores ela nos ensina: “trabalhai na vossa salvação com temor e tremor. Porque é Deus quem, segundo o seu beneplácito, realiza em vós o querer e o executar. Fazei todas as coisas sem murmurações nem críticas, a fim de serdes irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus íntegros no meio de uma sociedade depravada e maliciosa, onde brilhais como luzeiros no mundo, a ostentar a palavra da vida. Dessa forma, no dia de Cristo, sentirei alegria em não ter corrido em vão, em não ter trabalhado em vão” – Filipenses 2,12-16.

Fonte: Jefferson Roger


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