Durante a caminhada para o céu, certamente o fiel vai se
deparando com realidades muito duras; dificuldades que parecem sempre aumentar
e, vez por outra, quando imagina estar em meio a uma calmaria, é surpreendido
por outros confrontos que, se não estiver com os pés bem plantados no chão,
podem tirar a paz de espírito.
Então, ao percorrer o olhar sobre as realidades vizinhas, a
grama do vizinho lhe parece mais verde, a vida mais fácil, menos problemas,
mais facilidades e tudo aquilo que não se alcança com tanto esforço parece que
aos outros, “cai no colo”. Puxa vida viu! Correr atrás dos sonhos, anseios e
desejos dá muito trabalho; tudo porque existe uma condição dificultadora: o
desejo de agradar a Deus.
Tão logo na equação da vida isso se faça presente, o preço a
se pagar pela salvação da alma sobe quase que imediatamente e sempre
gradativamente. Deus dá o mínimo e pede o máximo nesta vida e nem poderia ser
diferente. Mas, convenhamos, não é bem nesta linha que o sujeito deve englobar
seus pensamentos; dessa forma eles se mostram contaminados pelas ofertas do
mundo que insistem em colocar o Pai Eterno como nosso inimigo, aquele que é
desmancha prazer e tem prazer no sofrimento de suas criaturas.
Belo trabalho do diabo, que convence os filhos de Deus a
esse respeito. A vida não se cansa de golpear duramente e nosso inimigo, vendo
nossa tentativa de seguir em frente sem o auxílio divino, mais que depressa
oferece seu abraço amigo e suas opções de curto prazo. Vencidos pelo cansaço da
caminhada solitária desanimamos e Deus é varrido para bem longe de nosso dia a
dia. Pobre daqueles que perderam a fé e acham que sofrer os desígnios de Deus é
um castigo vingativo e imputado por prazer. Ainda que fosse, seria de nosso
merecimento, pois, como filhos mimados queremos tudo e queremos viver ao nosso
modo e, no final da jornada, queremos também, se não bastasse nossa ousadia,
entrar no paraíso. Tudo errado! Não é assim!
Jesus passou pelos sofrimentos e abriu o caminho que devemos
percorrer; ora, mas é claro que nele os sofrimentos nos aguardam e ademais: “Deus
castiga e corrige aqueles que ama e tem por seus filhos”. Então, quando enfrentarmos
a tentação de não buscar mais as coisas do alto, devemos refletir muito qual é
a consequência por não as buscar.
Fonte: Jefferson Roger
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