Ou você respeita, ou deixa de respeitar ou, o que é pior,
desrespeita. O sujeito é assim, se lhe convém, respeita, quando deixar de
convir, deixa de respeitar e quando a obrigação lhe causa desconforto,
desrespeita. Sabe-se de longa data que o respeito deve ser ensinado; sobre ele,
muitos ditados populares existem. Como exemplo, citamos: “respeito é bom e eu
gosto”.
Agora, apropriando-se desse dito popular, imaginemos apenas por
um instante, que Deus aparecesse para nós e nos dissesse esse ditado. Qual
seria nossa reação? Aquele que nos criou, que manda em nossas vidas e que, com
um simples sopro de seu Espírito, concedeu sua força vital e que, ao menor desejo,
pode interromper nossa jornada, pede de cada um muitas coisas. Se o acatamos,
então cabe a cada um seguir os mandatos, pois, não se pode escolher alguma coisa
pela metade, tudo tem que ser por inteiro. Você não escova alguns dentes, ou
escova todos ou não.
Ademais, como lemos em Eclesiástico 11,9 – “Não indagues das
coisas que não te dizem respeito; não te assentes com os maus para julgar”, a palavra
também nos remete para outra vertente. Como no versículo descrito acima, Deus
nos ensina que não devemos desperdiçar tempo correndo atrás do que não fará
falta saber, no dia do juízo final.
E cabe também, quanto a consideração do respeito, o cuidado
para não colocar o respeito humano acima do respeito que devemos a Deus, pois “há
quem perca a sua alma por causa do respeito humano; perde-a, cedendo a uma
pessoa imprudente; perde-se por atender demasiadamente a uma pessoa” –
Eclesiástico 20,24.
Para encerrarmos a questão da convivência que devemos ter
com Deus, a sua santa palavra nos recorda: “Filho meu, não desprezes a correção
do Senhor. Não desanimes, quando repreendido por ele; pois o Senhor corrige a
quem ama e castiga todo aquele que reconhece por seu filho (Pr 3,11s). Estais
sendo provados para a vossa correção: é Deus que vos trata como filhos. Ora,
qual é o filho a quem seu pai não corrige? Mas se permanecêsseis sem a correção
que é comum a todos, seríeis bastardos e não filhos legítimos. Aliás, temos na
terra nossos pais que nos corrigem e, no entanto, os olhamos com respeito. Com
quanto mais razão nos havemos de submeter ao Pai de nossas almas, o qual nos
dará a vida? Os primeiros nos educaram para pouco tempo, segundo a sua própria
conveniência, ao passo que este o faz para nosso bem, para nos comunicar sua
santidade” – Hebreus 12,5-10.
Fonte: Jefferson Roger
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