Tudo isso que é “pintado” sobre Deus aos homens não é
totalmente genuíno. Afinal, é claro que para vender o seu peixe existem duas
técnicas: falar mal do peixe do outro ou falar muito bem do seu próprio, o que
seria muito mais honesto. Há quem diga que os livros de história, em sua maioria,
narram os acontecimentos sempre a partir do ponto de vista dos vencedores.
Até aí nada de ruim e nada demais, todavia, o perigo da
falta de honestidade pode induzir as narrativas a omitirem possíveis atitudes
que denigram suas imagens. Afinal, pode um ato ilícito prejudicar uma reputação
e com isso os véus de nobreza e retidão, moral e ética, podem despencar das
alturas como um raio.
Uma coisa é certa, e isso é um dos grandes triunfos do
demônio: ele mistura verdades com mentiras, é sutil e manobra maravilhosamente
bem as palavras através de suas catervas infernais e dos que a ele aderem. Por
isso o mundo “pinta” sobre Deus as suas verdades, misturadas com sua essência. Então,
na contramão dessa situação, Jesus Cristo nos ordenou a vigilância e disse que
os eleitos não podem ser enganados pelo mal e pelos que o praticam.
E assim, todos mergulhados no oceano das palavras e tudo que
delas procedem, precisam a cada dia compreender a precisão do que elas ensinam.
Sobretudo, para a salvação da alma, o que ensinam as santas palavras. O diabo
disse que Deus omite coisas do nosso interesse e proíbe além do necessário, mas
a palavra divina diz que só o que nos interessa saber está revelado (para a
salvação de nossas almas). Aquilo que nos proíbe não supera as necessidades que
o livre arbítrio possui, pois, se amamos a Deus acima de todas as coisas, nenhuma
proibição vai além desse amor. A alma próxima e em comunhão com seu criador se
eleva cada dia e cada vez mais, deixando para trás as falácias maléficas que
querem “pintar” Deus como um velhote desmancha prazeres e um carrasco castigador,
um executor de desgraças terrenas. O inimigo omite e quer mudar o sentido das
coisas, por exemplo, que “Deus corrige e castiga aqueles que ama e tem por seus
filhos”.
Fonte: Jefferson Roger
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