terça-feira, 17 de maio de 2022

Pequenas conquistas


Em certo ponto da vida, a pessoa depois de uma longa caminhada “abraçada” aos vícios e aos pecados, decide, movida pela graça de Deus, a converter-se, abandonando tudo que não irá contribuir para sua salvação e passando a trilhar novamente o caminho no qual foi inserida a partir de seu nascimento: o caminho da porta estreita, que irá leva-la ao céu.

Motivada por alguma situação, inflamada em seu vigor espiritual, a alma rejuvenescida se empenha na retomada de suas práticas religiosas. Quer recuperar o tempo perdido que desperdiçou em sua vida desregrada e não cessa um só instante de agir conforme é do agrado de Deus.

Isso é muito bom, na verdade, maravilhoso, mas, olha ele aí – o mas – existe um grande perigo. Podemos até dizer que o perigo é um dos temperos da vida. A pessoa busca grandes feitos e quer radicalizar nas atitudes de conversão. Esquece quanta bagagem e maus costumes acumulou em vida e pensa ser possível – olha o erro aí – por meios próprios, promover grandes feitos e até heroicos, tudo, para galgar os degraus mais distantes, pois, afinal, a pressa agora é sua.

Ao invés de agir com prudência e pés no chão, ou como dizia Santo Antonio Maria Claret: “quem quer se salvar, tenha Deus no coração, o paraíso na mente e o mundo debaixo dos seus pés”, o candidato ao céu faz o que? Caminha na contramão da sua capacidade natural. Precisa aos poucos e em doses menores, mas decisivas e constantes, ir purgando de si todo o mal. Erra indo com muita sede ao pote, sem o auxílio divino correndo com isso muito perigo e, como disse Jesus: a recaída nestes casos é sete vezes pior. Portanto, cuidado é o que devemos ter, “quem está de pé, cuide que não caia, disse São Paulo; vigiai e orai sem cessar porque o espírito está pronto, mas a carne é fraca, disse Jesus.

Fonte: Jefferson Roger


 

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