Em certo ponto da vida, a pessoa depois de uma longa
caminhada “abraçada” aos vícios e aos pecados, decide, movida pela graça de
Deus, a converter-se, abandonando tudo que não irá contribuir para sua salvação
e passando a trilhar novamente o caminho no qual foi inserida a partir de seu
nascimento: o caminho da porta estreita, que irá leva-la ao céu.
Motivada por alguma situação, inflamada em seu vigor
espiritual, a alma rejuvenescida se empenha na retomada de suas práticas religiosas.
Quer recuperar o tempo perdido que desperdiçou em sua vida desregrada e não
cessa um só instante de agir conforme é do agrado de Deus.
Isso é muito bom, na verdade, maravilhoso, mas, olha ele aí –
o mas – existe um grande perigo. Podemos até dizer que o perigo é um dos
temperos da vida. A pessoa busca grandes feitos e quer radicalizar nas atitudes
de conversão. Esquece quanta bagagem e maus costumes acumulou em vida e pensa ser
possível – olha o erro aí – por meios próprios, promover grandes feitos e até
heroicos, tudo, para galgar os degraus mais distantes, pois, afinal, a pressa
agora é sua.
Ao invés de agir com prudência e pés no chão, ou como dizia
Santo Antonio Maria Claret: “quem quer se salvar, tenha Deus no coração, o
paraíso na mente e o mundo debaixo dos seus pés”, o candidato ao céu faz o que?
Caminha na contramão da sua capacidade natural. Precisa aos poucos e em doses
menores, mas decisivas e constantes, ir purgando de si todo o mal. Erra indo
com muita sede ao pote, sem o auxílio divino correndo com isso muito perigo e,
como disse Jesus: a recaída nestes casos é sete vezes pior. Portanto, cuidado é
o que devemos ter, “quem está de pé, cuide que não caia, disse São Paulo;
vigiai e orai sem cessar porque o espírito está pronto, mas a carne é fraca,
disse Jesus.
Fonte: Jefferson Roger
Nenhum comentário:
Postar um comentário