Não importa a idade ou a época em que nos encontramos em
nossa vida. Sempre iremos receber de Deus, nosso criador, um puxão de orelha
aqui e outro acolá. Não importa, vai acontecer; e mais, ele “corrige e castiga
aqueles que ama e tem por seus filhos” – lemos no livro dos Provérbios.
Ademais, por ser todo poderoso, onisciente e onipresente, com seu pesado braço
poderoso a esperar o decreto do justo juiz, quis também que um auxílio divino e
maternal fosse colocado a nossa disposição.
Todos nós bem sabemos que na grande maioria das vezes
recorremos primeiro a nossa mãe, depois ao nosso pai. Os filhos, em casa,
naturalmente e podemos dizer até, instintivamente, seguem essa ordem nas petições
e auxílios familiares. Não que o pai, o marido, seja colocado em segundo plano
na ordem da importância, pois, são papéis diferentes; todavia, a brandura e ternura
maternal oferece um alento maior para a alma dos angustiados. É o famoso colo
da mãe.
Bem aventurada foi Santa Catarina Labouré que pode
aconchegar-se, sentada aos pés, no colo de Nossa Senhora.
Biblicamente vimos o episódio da festa das bodas onde os anfitriões
falaram com a mãe de Jesus, “avisando” que o vinho tão logo estaria a faltar. Com
o jeitinho de mãe, ela falou com o ressuscitado e pôs fim ao impasse. A Virgem Maria
é assim, nossa mediadora junto a seu filho. Ela não faz por nós, nos ajuda, ensina,
orienta. Ela não substitui o seu filho – vamos recordar que são papéis diferentes.
A mando de Deus Pai tem comparecido a humanidade por toda a
parte ao longo de sua história para fazer o que as mães sabem: puxar a nossa
orelha quando é preciso. Mostrar com seu jeito amável que estamos nos perdendo,
lutar por nós contra os que nos querem no inferno para que, livres do perigo, possamos
ser imitadores do seu filho Jesus (1ª Coríntios 11,1). Ele, que é o caminho,
verdade e vida, ponte única para Deus, certamente se alegra ao nos ver obedientes
a sua mãe, dando-lhe ouvidos, aprendendo dela como que ele quer que sejamos e façamos,
pois, ela nos quer um dia no céu, na felicidade eterna, nas moradas preparadas para
cada um. Uma vida terrena sem a mãe ou prematuramente privada de sua presença
aqui neste vale de lágrimas tem um pesar muito grande. Felizes o que podem
contar com a mãe terrena por longos anos na terra, embora cada ano é valiosíssimo.
Todavia, a felicidade é maior ainda por termos para todo o sempre o amor da
Virgem Maria por cada um de nós, amor que vai até as últimas consequências.
Fonte: Jefferson Roger
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