quarta-feira, 15 de junho de 2022

Minha vida é um inferno


Quando as pessoas dizem isso, referindo-se às dificuldades que estão passando no decorrer de suas vidas, fazem uma comparação muito injusta em relação ao modelo que utilizam para exemplificar os problemas pelos quais estão passando. Sabe-se, pela doutrina católica, que o inferno é um lugar de completa ausência de Deus e de sofrimentos indizíveis por todo o sempre.

Dessa forma, com esse simples apanhado, percebe-se a injustiça quando alguém se refere a sua vida como uma situação infernal. Dificuldades, tribulações, problemas, sofrimentos e toda forma de adversidade, tudo isso e ainda mais um pouco, não estão desligados de Deus. Ao contrário, relacionados.

“Se entrares para o serviço de Deus prepara tua alma para a tribulação” – lemos no segundo capítulo do Eclesiástico. Como vemos, isso é uma condição, aceitar o senhorio do Pai Eterno em nossas vidas, implica na purificação constante até o dia de nossa entrada no céu. Isso inclui o último suspiro.

Agora, se o sujeito pretende pular o muro do paraíso pode ter certeza de que o alarme irá soar! Jesus disse “eu sou a porta” e “ninguém vai ao Pai senão por fim”. Todavia, alguém pode argumentar dizendo que quando esbafora que sua vida não vai bem, comparando-a ao inferno, quer dizer com isso que as coisas, além de não irem bem, vão de mal a pior. Em sua concepção: muito ruins mesmo!

Outra injustiça, por esquecer que Jesus disse que “sem ele não podemos fazer nada” – João 15,5, isso inclui uma vida em constantes relações interpessoais. Deixa-se de adotar a prática pautada em seu modelo substituindo-a por um comportamento mais egoísta. Como as coisas nunca são sempre do jeito que queremos apontamos os culpados e às vezes elencamos Deus nessa lista. Devemos sim, realinhar nossos corações com os ensinamentos divinos para que nossa vida, que é eterna, após a transformação de nossa morte, de fato, não se coloque no inferno, onde o sempre nunca mais irá nos poupar dos sofrimentos.

Fonte: Jefferson Roger


 

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