Quando as pessoas dizem isso, referindo-se às dificuldades
que estão passando no decorrer de suas vidas, fazem uma comparação muito
injusta em relação ao modelo que utilizam para exemplificar os problemas pelos
quais estão passando. Sabe-se, pela doutrina católica, que o inferno é um lugar
de completa ausência de Deus e de sofrimentos indizíveis por todo o sempre.
Dessa forma, com esse simples apanhado, percebe-se a
injustiça quando alguém se refere a sua vida como uma situação infernal.
Dificuldades, tribulações, problemas, sofrimentos e toda forma de adversidade,
tudo isso e ainda mais um pouco, não estão desligados de Deus. Ao contrário,
relacionados.
“Se entrares para o serviço de Deus prepara tua alma para a
tribulação” – lemos no segundo capítulo do Eclesiástico. Como vemos, isso é uma
condição, aceitar o senhorio do Pai Eterno em nossas vidas, implica na
purificação constante até o dia de nossa entrada no céu. Isso inclui o último
suspiro.
Agora, se o sujeito pretende pular o muro do paraíso pode
ter certeza de que o alarme irá soar! Jesus disse “eu sou a porta” e “ninguém
vai ao Pai senão por fim”. Todavia, alguém pode argumentar dizendo que quando
esbafora que sua vida não vai bem, comparando-a ao inferno, quer dizer com isso
que as coisas, além de não irem bem, vão de mal a pior. Em sua concepção: muito
ruins mesmo!
Outra injustiça, por esquecer que Jesus disse que “sem ele
não podemos fazer nada” – João 15,5, isso inclui uma vida em constantes
relações interpessoais. Deixa-se de adotar a prática pautada em seu modelo substituindo-a
por um comportamento mais egoísta. Como as coisas nunca são sempre do jeito que
queremos apontamos os culpados e às vezes elencamos Deus nessa lista. Devemos sim,
realinhar nossos corações com os ensinamentos divinos para que nossa vida, que
é eterna, após a transformação de nossa morte, de fato, não se coloque no inferno,
onde o sempre nunca mais irá nos poupar dos sofrimentos.
Fonte: Jefferson Roger
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