O ditado popular já nos recorda de longa data que não
adianta dar murro em ponta de faca. Forçar soluções próprias tentando “burlar”
as leis divinas não leva a pessoa muito longe; ou melhor, se pensarmos bem, em
termos de contexto espiritual, leva sim, leva para a condenação eterna.
O sujeito começa sua caminhada rumo ao céu com todo ímpeto,
toda dedicação; no entanto, quanto mais caminha, mais vai sendo abordado pelas
ofertas contrárias a tudo que Deus propõe para sua vida. Desta forma vai
duramente aprendendo que o preço para se chegar ao céu não é dos menores.
Quanto mais degraus vai galgando, mais difícil vai ficando.
Isso tudo porque mais próximo da santidade querida por Deus vai chegando, vai
se transformando. De olho nesse bendito progresso está o incansável inimigo
número um da humanidade: o demônio. Sempre desperto e pronto para modificar seu
modo de agir cada vez que crescemos no amor e na santidade.
Sempre beiramos um possível rompimento com Deus, pois, assim
como as almas custaram para ele o sangue de Jesus Cristo, para nós, a entrada
no paraíso vem ao custo de muitas tribulações. Lê-se na bíblia que devemos lutar
contra o pecado até o sangue – Hebreus 12,4. Se desviarmos o olhar seremos
tentados a achar que fazemos muito esforço por nada e passamos então a fazer sacrifícios
por causas muito diferentes das anteriores.
Nos tornamos mestres em artes que não buscam mais as coisas
do alto, as que não passam e nos dedicamos em tempo integral por conquistas que
não estão alinhadas aos planos do altíssimo. De consolo nos serve a verdade de
que ninguém está isento disso e ninguém pode passar por esta vida sem a ajuda dos
céus, pois ela está aí, ao alcance de um estender de mãos. Ou nos sacrificamos
pelos motivos certos (os divinos) ou nos tornaremos exímios em fazer
sacrifícios inúteis.
Fonte: Jefferson Roger
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