Existe na realidade da natureza humana a intervenção do
tempo. Tempo é algo que precisa ser gerenciado diariamente. Todavia, para o cristão
que almeja ir ao céu quando morrer, a questão é um pouco mais delicada e séria
ao mesmo tempo. Sabendo que é composto de corpo e alma, sabendo que o corpo,
neste momento de sua vida está emprestado (1ª Coríntios 6,19-20) e sabendo que
será cobrado pelas suas obras enquanto em vida nesta terra (Apocalipse 22,12),
ele precisa diariamente praticar o que lhe é devido e esperado por Deus, como dissemos,
se almeja um dia morar no paraíso.
Não pode arrefecer, deve perseverar (Mateus 10,22) para que
seja salvo, deve sempre colocar em prática tudo que precisa, sempre e sempre,
cuidando para que estando de pé, não caia (1ª Coríntios 10,12).
Se Deus lhe concede muitos anos de vida a provação aumenta,
pois, podemos dizer que essa dádiva divina “paralelamente” é concedida, de
alguma maneira, ao nosso inimigo da alma – o diabo. Sim, pois se temos mais
tempo para vivermos por aqui, mais tempo ele tem para nos tentar. E
convenhamos, ele dá um duro danado e é especialista no que faz, tem a sabedoria
das eras enquanto cada um de nós, até aqui vivemos pouco tempo e com o tempo
que temos, o utilizamos com tantas coisas que a sabedoria divina e os dons do Espírito
Santo, são negligenciados levianamente e perigosamente, já que em jogo está
nossa salvação ou condenação.
Como vemos, a exortação do Cristo para vigiarmos e orarmos
sem cessar não é algo que se possa desprezar. Elas fazem parte das práticas que
devemos exercer por toda a vida, práticas longínquas, duradouras, que se
instalem na mente e no coração como algo impossível e impensável de se deixar
de lado. Ora, basta colocarmos em mente que igualmente impossível e impensável
deve ser a possibilidade de, depois de uma vida nesta terra, não continuarmos a
vive-la no céu, por conta de praticarmos aquilo que não devemos e desagrada a Deus
(Tiago 4,4).
Fonte: Jefferson Roger
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