Pois bem, religião vem do latim que significa religar-se a
Deus. Isso, depois que o homem caiu no paraíso ao desobedecer a ordem que lhe
proibia de comer da árvore da sabedoria do bem e do mal. Convenhamos, podia
comer de tudo, menos do fruto daquela árvore; não podia contentar-se com isso?
Não! – tinha que ir além, apropriar-se de tudo tentando ser como Deus (esse foi
um dos argumentos do inimigo tentador).
Estava a humanidade ligada a Deus desde o início dos tempos,
isenta da morte desde o princípio de sua criação. Todavia, muita coisa nos
escapa da compreensão e podemos, inutilmente, especular até o fim de nossas
vidas que nunca iremos por aqui, na terra, encontrarmos respostas. Por que será
que no paraíso existia esta “bendita” árvore (para não dizer um palavrão), que
foi causa de tudo que se desencadeou depois? Quem sabe ela tivesse outro propósito,
bom, isso nos será explicado no céu, aos que fizerem jus à sua herança celeste
(Mateus 11,12).
Por enquanto, nós que aqui estamos precisamos viver uma vida
de religar-se a Deus, pois, como poderemos ir ao céu se com ele não tivermos
nenhuma comunhão? Se são assim as coisas, como anda será esse nosso caminhar,
que deve ser diário, embora cheio de tropeços? Sim, pois quem disser que seu
caminho é livre de pedras pode ter certeza de que não está no caminho que o
conduzirá para a porta estreita, a porta do céu (João 14,6).
Jesus disse que os caminhos diferentes do que ele “abriu”
para todos nós são largos, espaçosos e bem pavimentados e, claramente sabemos,
declivam para o inferno eterno. Então, como a questão é comungar com o divino,
não há meios de fazê-lo pela metade; esta é uma fala de Jesus Cristo: “não podemos
agradar a dois senhores”. Sempre irá existir uma dualidade onde o equilíbrio na
maioria esmagadora das vezes não pode existir.
Ou se é católico abraçando o combo total ou se é outra
coisa, vivendo uma religião de self-service, uma religião de buffet onde nos
apropriamos apenas daquelas práticas que nos convém. Vale para cada um de nós
um exame de consciência bem rigoroso, sem afrouxamentos, pois, no dia do juízo
final será, com toda a certeza desse mundo e do vindouro, preto no branco, pois
“Deus fará prestar contas de tudo o que está oculto, todo ato, seja ele bom ou
mau” – Eclesiastes 12,14.
Fonte: Jefferson Roger
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