Dentro das perspectivas humanas saudáveis, o homem sonha e
planeja constituir uma família e com ela, viver as alegrias da vida. Em seu
curso de caminhada, porém, espera que a tendência natural percebida pela
humanidade aconteça, ou seja: que os mais velhos morram primeiro que os mais
novos.
Pronto, começam as desavenças contra Deus, pois, rapidamente
esta mesma humanidade, apesar de insistir em seu desejo de que as coisas funcionem
como ela quer, aprende pelo duro caminho divino, que a ordem dos acontecimentos
tem origem divina; portanto, morremos conforme a “lista” que existe nas mãos de
Deus.
Não aceitarmos isso é nosso direito, mas é algo inútil, traz
ainda mais sofrimento do que o necessário para nosso crescimento no amor e na
santidade. As pessoas se revoltam mesmo, sobretudo e por exemplo, quando uma
mãe tem que enterrar seu filho. Ora, não foi isso que aconteceu com um dos mais
importantes exemplos bíblicos? Maria Santíssima viveu mais que seu filho Jesus
e isso comprova para todos que Deus “enxerga” e aplica os propósitos sob uma
ótica diferente da nossa. Muito diferente.
Outro exemplo podemos encontrar no antigo testamento, no livro
dos Macabeus, que conta a história da mãe que perdeu seus sete filhos.
Como vemos, as coisas são assim mesmo, da parte de Deus, e
isso quer dizer que Deus nos quer vivendo como família para um propósito bem
específico: que caminhemos juntos, nos ajudemos para que todos os membros do
lar consigam chegar ao destino final, a pátria celeste. Já dizia São Paulo em
suas cartas que os mais fortes devem ajudar os mais fracos em suas fraquezas
por amor a Cristo. Para os que possuem uma fé saudável, a perda temporária de
um ente querido, mesmo que cause muito estrago ao coração, pode ser vivida no
conforto do amor de Deus. Deus esse que não deve ser tachado de injusto com
base em conceitos humanos, simplesmente porque não o entendemos ou não queremos
o entender. Se o achamos injusto o rotulamos de mentiroso em relação à sua
palavra.
Fonte: Jefferson Roger
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