Essa foi uma das perguntas que os discípulos de Jesus fizeram.
Face às duras revelações que o Cristo fez em suas pregações, sempre repletas de
autoridade, o fardo realmente ficou muito claro a todos os que decidem ouvi-lo
e segui-lo. Ainda mais quando Jesus diz que é impossível o homem se salvar. Por
um instante corremos o risco de sermos golpeados por um desânimo extremo.
São Pedro comenta em suas cartas que o justo se salva com
dificuldade. São Mateus comenta que o céu é arrebatado à força e são os
violentos que o conquistam. Pois é, vai entender. Todavia, no livro dos Salmos
as orações apontam para a misericórdia divina, que diz que se Deus nos tratasse
como merecemos estaríamos perdidos; afinal, somo muito corruptíveis.
No entanto, sempre irá pairar a dúvida: por que será que o
Deus todo poderoso fez criaturas tão frágeis assim? Incapazes de resistir ao
mal? Não é bem assim, nós, suas criaturas, filhos pelo batismo, fomos criados
para dependermos do divino para sempre. Esta realidade Jesus confirma quando
diz que sem ele não podemos fazer nada – João 15,5.
Como sempre dizemos por aqui, nada é nada mesmo o que inclui
conseguirmos entrar no céu; isso nos é impossível por meios próprios e essa
realidade sempre nos foi deixada bem clara. Podemos ir um pouco mais além sobre
ela. Certamente é possível aferir que o crivo da justiça divina, que irá
decretar a sentença de cada um no dia do juízo, tem tarefa das mais fáceis,
pois, a quantidade de desobediência humana é imensa perante as leis divinas. E
para piorar, parece que quanto mais tempo Deus dá para a humanidade se
converter, mais ela se afasta dele. Santos choravam perante o altar temendo não
haver espaço suficiente no inferno por conta de tantas almas que nele se jogam.
A cada um de nós cabe o esforço que São Mateus fala no capítulo 11, versículo
12 e a exortação que São Paulo aponta em Hebreus 12,4, somadas a aliança que
Jesus Cristo afirma ser necessária no evangelho de São João 15,5.
Fonte: Jefferson Roger
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