Pois bem, já sabemos, por causa das sagradas escrituras, que
Deus nos fala de muitas maneiras e cabe a nós um esforço para o ouvirmos. Ainda
mais nos tempos como os que vivemos, onde o barulho incansável do mundo insiste
em soterrar nossos corações com suas distrações e prazeres.
As ofertas do mundo e do demônio buscam sempre transformar
todo o conteúdo divino em uma opção mais agradável de se viver, mais prazerosa
e afastada o máximo possível dos sofrimentos. Todavia, o que se vê é a
constante frustração das forças do mal; sim, é, embora não pareça, uma
frustração. O mal é especialista em fazer barulho, infelizmente, por conta de
tanto barulho que faz, o ditado popular comprova que “uma mentira dita mil
vezes, se torna uma verdade”.
No entanto, vez por outra, Deus demonstra que ele está no
comando e ele “dá as cartas”, assim como, muitas vezes, como lemos na carta aos
Romanos, ele “vai dando corda até que o sujeito se enrole em seus próprios
problemas, suas próprias paixões (desregradas)”. Enquanto muitos utilizam o
argumento de que Deus não é tudo que se prega porque não demonstra grandes
sinais (lembrando que Jesus disse no evangelho que isso não ocorreria),
diariamente o que ele mais faz é justamente inundar a humanidade com pequeninos
sinais e demonstrações de sua presença.
O homem, criado são e à sua imagem [imagem de Deus],
tornou-se doente espiritualmente por causa do aliciamento do mal e da
concupiscência. Não consegue mais, porque não tem seus olhos e ouvidos voltados
para as coisas do alto, enxergar, tampouco ouvir ou sequer experimentar e
colher os frutos das experiências promovidas ou permitidas pela graça que vem
de Deus, isso é coisa que lhe escapa pelas entranhas.
Falta-lhe atenção aos detalhes, um retorno (conhecido também
por conversão) para a vida em comunhão com Deus, lembrando que isso irá
incluir, como lemos em Eclesiástico 2, todas as dificuldades necessárias em
vida para o crescimento da alma no amor e na santidade. Afinal, não é o que
queremos? Morar no céu um dia? Se queremos não podemos imaginar que a jornada
será fácil pois “o céu é arrebatado a força e são os violentos que o conquistam”
– Mateus 11,12.
Fonte: Jefferson Roger
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