Sabe-se que o inferno é um lugar terrível e de sofrimentos
indizíveis, inimagináveis e para alegrar ainda mais o “gerente” de lá, tudo
acontece e acontecerá para todo o sempre. Não sei vocês, mas nós, enquanto vivos,
e que já sofremos por aqui, certamente ficamos muito aliviados quando superamos
coisas ruins, difíceis, desagradáveis e nisso tudo estão incluídos as dores e
os sofrimentos. Se já é ruim sofrer e padecer na medida a que somos acometidos
por aqui, quem dirá passar por infortúnios ainda maiores e eternos?
Ninguém consegue ficar com o dedo por até um minuto na chama
de uma vela e como espera não sofrer no fogo do inferno? Onde uma das muitas
portas de acesso são os pecados graves? Deus e o diabo estão de braços abertos
para nos acolher. Cada um à sua maneira, de formas bem diferentes. Um, mente
sobre o aqui e agora colocando Deus como mentiroso, o outro, não esconde nada e
denuncia abertamente que o pai da mentira, o diabo, anda a espreita como um
leão, esperando a oportunidade de dar o bote.
Um dos botes que ele gosta muito de dar é o de se aproveitar
das carências humanas e oferecer como solução o prazeroso abraço do pecado,
sempre disfarçado em pratos saborosos aos olhos e sensações extasiantes. Um
abraço gostoso, que envolve o corpo e acalenta os sentidos, mas é incapaz de aquecer
o coração. Pois, um abraço assim é como um entorpecente: não consegue ir além
dos sentidos.
Os sentidos, que servem numa via de mão dupla, pois podem
servir ao que é bom e vem de Deus ou, se permitirmos, pode consentir com as
tentações e sucumbir ao mal. No livro do Apocalipse lemos que esse gosto (o
gosto do pecado) é doce na boca, mas amargo no estômago. Então, por esta via,
conforme a palavra de Deus nos ensina e adverte, devemos cuidar com os abraços
que nos cercam e se oferecem, pois eles são muito diferentes do abraço daquele
que é manso e humilde de coração e nos fala a busca-lo quando precisarmos para
que ele nos conforte: Jesus Cristo.
Fonte: Jefferson Roger
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