Que dureza, parece que vivemos só para apagar incêndios,
matar um leão por dia, pagar hoje o que comemos ontem e a lista dos ditados
populares não parariam por aí, nem tão cedo.
Pois bem, talvez não seja apenas uma sensação de
perseguição, talvez seja mesmo uma perseguição. Acho que devíamos, ao invés de
nos sentirmos assim, perseguidos, nos sentirmos desejados. Sim, pois, já que
estamos a falar de aparências e sensações, parece que estamos no meio de um
cabo de guerra, onde Deus e o diabo nos desejam para junto de si por toda a
eternidade.
Tudo bem, vá lá, que seja então assim. Não resolve muito o
problema de se viver assim, nestas sensações, mesmo que saibamos do que se
trata. Continuamos a sofrer, passar por coisas ruins e precisamos vasculhar nossas
vidas cada vez mais se quisermos enxergar alguma luz no final do túnel. Problema:
onde está o túnel?
Pois é, ficamos sem entender muita coisa, mas muita coisa
mesmo. Muitos, por experimentar essa desavença toda e esse desalinhamento todo
em suas vidas, escolhem adotar a filosofia do conformismo: dizem assim, fazer o
quê; é Deus quem manda. E quanto mais nos debatemos no mar da vida e nunca
saímos do lugar, a triste verdade de que somos sim, verdadeiros pinóquios na
mão do Gepeto celeste aparece. Portanto, só conseguiremos nos libertar quando,
assim como o boneco de madeira, “provarmos o nosso valor de verdade”. No
desenho, ele foi perseguido pelo mal e as consequências deste mal foram
permitidas por aqueles que são do bem (Romanos 1,28-32). Todavia, existe a
escolha, a conversão e o direcionamento para uma vida pautada no que é certo e isso
não isenta, como é duro escrever esta parte, a ausência de sofrimentos e dificuldades.
Eclesiástico 2,1 – “Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece
firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação; espera com
paciência, Na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência”.
Fonte: Jefferson Roger
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