segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Perseguições



Certamente todo mundo, arrisco dizer, já deve ter passado pela experiência de se perguntar: “o que será que fiz para Deus para merecer tudo isso”. Senão exatamente com estas palavras, com outras que significam a mesma coisa. Vive-se numa sensação de perseguição constante; mal termina um problema, começa outro. Mal resolvemos isso, aquilo se apresenta em nossas vidas.

Que dureza, parece que vivemos só para apagar incêndios, matar um leão por dia, pagar hoje o que comemos ontem e a lista dos ditados populares não parariam por aí, nem tão cedo.

Pois bem, talvez não seja apenas uma sensação de perseguição, talvez seja mesmo uma perseguição. Acho que devíamos, ao invés de nos sentirmos assim, perseguidos, nos sentirmos desejados. Sim, pois, já que estamos a falar de aparências e sensações, parece que estamos no meio de um cabo de guerra, onde Deus e o diabo nos desejam para junto de si por toda a eternidade.

Tudo bem, vá lá, que seja então assim. Não resolve muito o problema de se viver assim, nestas sensações, mesmo que saibamos do que se trata. Continuamos a sofrer, passar por coisas ruins e precisamos vasculhar nossas vidas cada vez mais se quisermos enxergar alguma luz no final do túnel. Problema: onde está o túnel?

Pois é, ficamos sem entender muita coisa, mas muita coisa mesmo. Muitos, por experimentar essa desavença toda e esse desalinhamento todo em suas vidas, escolhem adotar a filosofia do conformismo: dizem assim, fazer o quê; é Deus quem manda. E quanto mais nos debatemos no mar da vida e nunca saímos do lugar, a triste verdade de que somos sim, verdadeiros pinóquios na mão do Gepeto celeste aparece. Portanto, só conseguiremos nos libertar quando, assim como o boneco de madeira, “provarmos o nosso valor de verdade”. No desenho, ele foi perseguido pelo mal e as consequências deste mal foram permitidas por aqueles que são do bem (Romanos 1,28-32). Todavia, existe a escolha, a conversão e o direcionamento para uma vida pautada no que é certo e isso não isenta, como é duro escrever esta parte, a ausência de sofrimentos e dificuldades. Eclesiástico 2,1 – “Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação; espera com paciência, Na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência”.

Fonte: Jefferson Roger

Nenhum comentário:

Postar um comentário