segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Pessoas exigentes


Certamente na hora de exigirmos somos muito bons, já na hora que exigem de nós a coisa muda um pouco de figura. Parece que o ser humano vive com duas leis, duas regras de vida: uma que lhe beneficia e outra que beneficia o próximo. Age assim porque as duas leis não podem conviver juntas. Se o outro for se dar bem, mas eu for prejudicado então nada disso, eu que me dê bem em primeiro lugar e o próximo que fique em segundo plano.

Primeiro eu, depois se sobrar alguma coisa que ela fique para o próximo. Puxa vida, quanta intolerância: exigimos tudo de todos, sabemos maravilhosamente como cobrar, mas... se agirem assim conosco aplicamos a nossa regra que existe para nos proteger de tudo. No entanto, como podemos agir assim e esperarmos de Deus um comportamento diferente?

Em verdade, ele age da mesma maneira, ou será que não? De nós ele exige tudo e não gostamos, mas gostamos de exigir tudo dos outros e dele. Ora, não é justo que Deus nos trate como tratamos o próximo? Alguns vão achar que não, pois temos as nossas fraquezas e Deus é perfeito.

Não é bem isso, todavia, que Jesus nos ensinou. Quando nos ensinou a rezar disse que se não perdoarmos as pessoas tampouco Deus nos perdoará; também ensinou que não devemos fazer para os outros aquilo que não queremos que nos façam. E em Mateus 5,48 disse que devemos “ser santos (perfeitos) como o Pai Celeste é santo (perfeito)”. Pois bem, é assim que as coisas nos foram colocadas. O cuidado é necessário, pois também o Cristo nos disse que a quem for dado, muito será cobrado. No final das contas, nosso comportamento irredutível e intolerante com as pessoas pode, perigosamente, afastar-nos do caminho da salvação; e pior: sem nos darmos conta disso.

Fonte: Jefferson Roger


 

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