segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Desgraças sobre desgraças


Não parece às vezes que a vida é assim? Nos parece que durante o caminhar o que existe é uma fila imensa, daquelas de virar o quarteirão, de problemas aguardando a vez de se pronunciarem em nossas vidas. Puxa vida, vai entender esse peneirar, que Jesus nos disse em seus evangelhos, que Deus permite para nosso crescimento visando a santidade.

Fazer o que não é mesmo! Bom, tem o que fazer; a dica ou a lista dos afazeres, para o conforto de todos, bem ao estilo de Jó, nos ensina grandes, duras, mas libertadores verdades. Ouvi dizer, certa vez que o mundo não é um parque de diversões. Olha, nada mais verdadeiro que isso.

Que seja assim mesmo, sabemos pelas santas palavras bíblicas, que não somos desse mundo e que nem devemos nos conformar a ele. Isso aqui, que chamamos de vida, parece um estágio, um período de preparação onde, através dos mandamentos e dos ensinamentos do evangelho, vamos praticando ações (Apocalipse 22,12) que irão, no tempo certo, na separação do joio e do trigo, resultar em frutos ou ruínas.

De qualquer forma, tudo é desgraça. Se não agora, um dia será. Podemos levar uma vida de graças, uma vida sem graça, uma vida cheia de desgraças, uma vida onde as graças são retiradas ou ainda uma vida engraçada. Talvez existam outras formas de conduzirmos nossa vida. Sem dúvida, se perguntarmos ao príncipe do mundo, o qual Jesus disse não ter parte com ele, muitas formas nos serão apresentadas. É o momento da escolha: com Deus suportando desgraças – resignados por amor a ele –, mas recebendo graças, ou com o diabo, vivendo longe das graças divinas e recebendo apenas as “graças” do mundo.

A dica nos foi dada, não podemos agradar a dois senhores e em consequência não podemos nos agradar tentando servir aos dois. A doutrina da escolha nunca esteve tão presente em nossas vidas, ela nos acompanhará desde o nascer até o suspiro final.

Fonte: Jefferson Roger


 

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Até o fim do mundo


Disse Lúcia a Nossa Senhora: E a Amélia? – referindo-se a amiga que recentemente tinha morrido, querendo saber se a mesma já se encontrava no céu. Estará no purgatório até ao fim do mundo – disse Nossa Senhora. Talvez a revelação da Virgem Santíssima à Irmã Lúcia assuste-nos um pouco. É de fato impressionante a ideia de uma alma sofrendo no Purgatório até a consumação dos tempos. Movidos pela curiosidade, podemos chegar a nos perguntar o que teria feito Amélia para merecer uma punição assim tão severa da justiça divina.

Isso, no entanto, deve nos levar a perguntar: queremos viver plenamente o chamado de Deus para nós ou nos bastará “garantir uma vaga” no Purgatório? A pena de Amélia leva-nos a lembrar, também, daquela visão de Santa Francisca Romana, segundo a qual “por cada pecado mortal perdoado”, restaria “à alma culpada passar por um sofrimento de sete anos” no Purgatório. A amiga da Irmã Lúcia talvez tenha sido uma dessas almas que acumularam em vida inúmeros pecados mortais, dos quais se arrependeram, sem que tenham tido tempo, no entanto, para repará-los nesta vida.

Com revelações como essa, Deus quer fazer um apelo à nossa indiferença, dar um grito para romper a nossa surdez. Não se entra no Céu senão por meio de muitos sofrimentos (Atos 14, 22). Se não quisermos sofrer aqui, teremos de sofrer no outro mundo. E daí não sairemos enquanto não houvermos pago “até o último centavo” (Mateus 5, 26). O problema de muitos de nós é o quão longe estamos da meta, o quão mesquinha é muitas vezes a lógica com que vivemos a nossa fé. Quantas vezes não pensamos, por exemplo, ou até dizemos: “Se eu chegar ao Purgatório, já me darei por satisfeito”, ou: “Se for ao Purgatório, já estarei no lucro”?

Todos nós podemos muito bem ter a mesma sorte dessa amiga da Irmã Lúcia, caso não queiramos pagar, nesta existência, o alto preço do amor. Mas e nós, queremos isso? Queremos amar a Deus de todo o coração, ou nos contentaremos com garantir nossa salvação? Queremos viver plenamente o chamado de Deus para nós ou nos bastará “garantir uma vaga” no Purgatório?

Ninguém pense que esse “desejo de garantir uma vaga” seja algo de grande valia e suficiência”. Todavia, o quanto quisermos indicará a medida com que trabalharemos. Quem pensa em atingir o Purgatório, se esforçará só o necessário para chegar aí. Se trabalharmos para o Céu, no entanto, tudo mudará. Inclusive nossa sorte na outra vida. Que o exemplo dessa amiga da Irmã Lúcia nos ajude a imitar os pastorinhos de Fátima, que viveram sua vocação com heroísmo e, como recompensa, foram acolhidos sem demora no Reino dos Céus. Quanto à alma de Amélia, só o que lhe resta é contar com as nossas orações… “até ao fim do mundo”.

Fonte: Jefferson Roger com adaptações do site padrepauloricardo.org


 

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sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Você tem esta virtude?


Certamente, as famílias tradicionais católicas, também aquelas que se esforçam ao máximo para viver segundo os valores cristãos autênticos, sofrem diariamente e dia após dia com todo o tipo de maldade que o ventilador do demônio espalha pelo mundo. Há muito não se imaginaria termos que conviver com uma mudança de valores tão drástica como a que temos acompanhado ao longo da caminhada rumo ao céu.

Prevendo essa constante e progressiva crise e avalanche maligna que paira sobre a atmosfera familiar e da sociedade, já nos tempos bíblicos, Jesus nos explicou que a todo custo não poderíamos jamais deixar de cultivar a virtude das virtudes, isso, se desejarmos firme e violentamente (Mateus 11,12) vivermos um dia na felicidade eterna do paraíso: a perseverança.

Quem não for perseverante irá desistir da luta e aderir ao mal, irá aceitar a derrota simplesmente porque passou a fazer parte da minoria e se viu sem opções para ter voz. Voz em casa, no trabalho, pelas ruas, em todos os ambientes públicos. Ao passar o olhar em seu redor se depara com coisas, comportamentos e acontecimentos reprovados por Deus, mas que agora são comuns e rotulados como parte da evolução natural da humanidade.

Que maluquice, se é assim, então faço minhas as palavras de minha esposa: “parece que sou de outro mundo”.

E acho isso bem verdade, porque Jesus disse que estamos nesse mundo, mas que não pertencemos a ele. Disse também que o mundo prega uma paz e alegria diferente das que ele tem para dar. Disse, através dos apóstolos, para não nos conformarmos com este mundo. E então, em nossos exames diários de consciência passamos nossa avaliação por essa questão? Estamos perseverantes naquilo que Deus pede? Se sim, como diz o apóstolo: cuidemos para ficar de pé; se não, corramos atrás de cultivamos cada vez mais em nós a virtude das virtudes que irá nos levar para o céu. E para finalizar, disse Jesus: “Sereis odiados de todos por causa de meu nome, mas aquele que perseverar até o fim será salvo” – Mateus 10,22.

Fonte: Jefferson Roger


 

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Deus e o ser humano


Deus fez o ser humano e determinou que as relações íntimas acontecessem apenas entre pessoas de sexos diferentes e unidas através do santo matrimônio. Dentre as muitas pessoas que passaram pela vida de alguém, coube “escolher” aquela para compartilhar todo o desafio da vida até que o altíssimo determine a separação de ambos. Sim, Jesus confirmou que “o que Deus uniu não separe o homem”; por aí já se vê o quanto o divórcio possui de desobediência ao mandato divino.

Mesmo assim, o ser humano insiste em viver com base em seus valores, transformando as regras divinas num livro de opções, onde apenas o que for do interesse é seguido. Já ouvi pessoas dizerem que “não acreditam em tudo que está escrito na bíblia”. Va lá, a justiça divina, lemos nas sagradas escrituras, acontecerá primeiro de forma particular e depois de forma universal. Será que os que não acreditam em tudo que se encontra nela, também não acreditam nisso? Ou então, quem sabe, imaginam que podem compensar com outras boas atitudes que julgam de sua parte superarem as desobediências conscientes por mero desacordo com o que Deus afirma ser o correto.

Pois é, Deus e o ser humano; alguns entendem qual seu lugar, outros não, querem brincar de Deus e acharem que a vida lhes pertence, que eles são o sol do sistema girando tudo ao seu redor, subordinados às suas vontades. Enfeiam as feições a cada vez que o criador do céu e da terra lhes impõe pela dor as correções e castigos porque os amam.

É preciso aprender a escolher sobre coisas importantes uma única vez. Isso falta a muitas pessoas para que consigam seguir no caminho correto. Essa escolha única está diretamente relacionada com o que conhecemos como propósito. Ora bolas, todo mundo quer que Deus cumpra suas promessas bíblicas, mas a parte que cabe a todos, herdeiros do reino dos céus, como filhos, já tratam como se fosse algo que não se pode nivelar com a parte do divino.

Que erro, é um cabo de guerra diferente que se trava contra Deus: nesta disputa sempre sairemos vencedores; ganharemos a glória eterna se o obedecermos ou ganharemos a condenação eterna se não vivermos o que ele nos pede. Cabe a cada um a escolha de suas vidas.

Fonte: Jefferson Roger


 

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segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Sempre serei um zero a esquerda?


Quanto mais duro for meu exame de consciência,

Mais ele me mostra uma realidade por excelência:

De bom não tenho nada, praticamente,

Vejo que tudo nunca passou de uma ilusão da mente.

 

Pobre de mim, me achava, me achava aquilo, aquele outro,

Quanta prepotência inútil, quanto vacilo,

Saltitava pelos campos da vida, contente como um potro,

Porém, não enxergava o qual errado era meu sigilo.

 

Achando que abafava, escondia erros incríveis.

Era hora então de decidir na encruzilhada o que fazer.

Deixar de lado as ofertas do mundo e os prazeres sensíveis

Decidir-se a seguir Jesus e mudar completamente o meu ser.

 

Ou faço isso ou sempre serei um zero à esquerda.

Na vida de muitos e em minha própria vida.

Que tristeza seria assim e viver essa grande perda.

Longe do amor de Deus, da família, só aguardando a despedida.

 

Onde tudo, que poderia ser diferente, por minha culpa terminaria assim.

Então é hora de perseverar, nunca desistir, sempre dizer não ao mal e ao bem sempre dizer sim.

 

Fonte: Jefferson Roger


 

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Um breve resumo da vida


Será que quando chegar a hora derradeira e tivermos que passar por aquela experiência que muitos relatam que viram a vida inteira passar em sua frente, como num filme, teremos motivos para nos orgulhar e ficarmos felizes ou a hora dos lamentos eternos irá começar? Pois é, sabemos que o braço pesado da justiça irá atingir a todos; nossas obras nos condenarão ou irão depor em nosso favor.

Já nos foi revelado e está à disposição da humanidade inteira a condição que nos aguarda: os dois julgamentos. Primeiro, o juízo particular, onde nos será lançado o decreto eterno a respeito de como será nossa vida eterna. Segundo, o juízo final, onde nossa glória será estendida ou a gravidade de nossa condenação será aprimorada; sim, pois será tornado público tudo que fomos e o que fizemos, tudo que deixamos de fazer, nossas omissões e todas as máscaras cairão.

Ou alguém acha que, sendo má pessoa e morrendo com falsa fama de boa pessoa, será isto escondido daqueles que tem sobre este um juízo errado? Nada disso! No juízo final, as pessoas que acharam que alguém era um excelente ser humano descobrirão que era na verdade um falso, mentiroso, duas caras e vivia de aparências públicas quando na verdade escondia pecados terríveis aos olhos das pessoas. Somente aos olhos das pessoas.

Pois é, “Deus fará prestar contas de tudo o que está oculto, todo ato, seja ele bom ou mau” – Eclesiastes 12,14.

Portanto, enquanto se vive o altíssimo nos dá a oportunidade do arrependimento e emenda de vida, com firme e sério propósito de conversão e de seguir uma vida pautada no evangelho e na santa palavra de Deus. É preciso, pois, em vida e todos os dias, fazermos um breve resumo de como ela anda. Isso conhecemos por exame de consciência. Coração em paz, consciência em paz, sem nos atormentar são bons indícios de que caminhamos da maneira correta. Perturbações existem? Temos que corrigi-las. Santo Antonio Maria Claret dizia que não basta evitarmos pecados graves, temos que diariamente nos comportarmos de modo a afastarmos com plena certeza até os pecados veniais para só assim sentirmos verdadeiramente a certeza de que o céu nos aguarda.

Fonte: Jefferson Roger


 

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quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Amor da família


O molde existe, é a sagrada família. Sua história todos conhecem; se não a conhecem é porque não querem, pois todos sabem de sua existência. O criador de todas as coisas visíveis e invisíveis desejou que suas criaturas vivessem no modelo familiar, pensado por ele: pai, mãe e filhos. Quis essa unidade familiar, abençoou-a, investiu com seu amor e deu condições de que o amor familiar e conjugal brotasse dentro dessa pequena igreja familiar, doméstica.

Não é à toa que ela sempre será atacada. Todas as forças espirituais e contrárias irão incessantemente investir contra seus alicerces. Jesus alertou sobre isso e disse que devemos colocar suas palavras em prática para que nossa casa não seja construída sobre bases que irão cair nas dificuldades.

E convenhamos, ô vidinha cheia de dificuldades não é mesmo! O mundo agride as famílias com muitas coisas, muitas seduções, muitas ofertas maléficas, muitas coisas erradas. Sobre isso Jesus nos disse que seríamos peneirados para provarmos a nossa fé. Que luta, a batalha beira ao patamar titânico. Ainda bem não estarmos sozinhos; do lado do bem (se escolhermos dele fazer parte), existe potentíssimas armas contra a caterva infernal.

Apesar disso, não existe, não existiu e nunca existirá facilidades nessa vida e todos sabemos que podemos estar na lista daqueles que precisarão honrar seu amor a Deus entregando sua vida no martírio. Uma fé fraca não será capaz de ir muito longe, qualquer sofrimento ou medos materiais e simplesmente humanos (além dos desejos egoístas), pode romper o laço de amizade com Deus. Em seu amor ele nos concede grandes bênçãos, a começar pela graça de termos a família, onde cônjuges se amam apesar de tudo e por amor a Deus, amam seus filhos, se doam por eles e se dispõe a tudo em prol dos laços criados no coração, oficializados no altar e perpetuados a cada dia nas alegrias e tristezas, saúde e doença, riqueza e pobreza, acima de tudo, sempre acima do que pode um dia, por um segundo que seja, colocar sob o domínio do mal a família que um dia acordou uma aliança feita com a Santíssima Trindade.

Fonte: Jefferson Roger


 

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sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Dias difíceis, tribulações e dificuldades


Como cabe apenas a Deus saber o tempo dos dias finais da humanidade, pois, mesmo o Cristo quando indagado sobre isso disse não saber, cada geração vai, século após século, vivendo numa expectativa de estar passando pelas tribulações finais. Assim o faz o criador para que cada um deposite completamente sua vida sob seus cuidados, de forma totalmente dependente daquele que “tem o poder de matar a alma” – Mateus 10,28.

De fato, está atestado nos relatos bíblicos e muito bem entrelaçado em vários livros dessa coleção, que os tempos difíceis irão exigir uma escolha das mais nobres, corajosas ou das mais covardes. Antes, porém, que isso aconteça, Jesus já foi avisando que aqueles que o negarem perante os homens, ele o negará perante Deus. Olhemos só para a gravidade dessa afirmação. Lemos na bíblia, nas cartas apostólicas, que temos um advogado perante Deus: Jesus Cristo. Já imaginamos abrirmos mão do ressuscitado em nosso favor por conta de medos terrestres ou outras seduções do mundo?

Pois é, a coisa pode ficar bem feia e, se corrermos o risco de darmos mais importância aos valores do mundo em detrimento aos valores divinos, nossa alma, que é divina, ficará órfã e vagará sem o auxílio necessário para suportar as exigências, todas elas, que sempre serão apresentadas no percurso da vida, para que a pessoa possa ser admitida na glória dos céus.

Ademais, e para sacramentar ainda mais a dificuldade que existe para se ingressar na pátria celeste (Mateus 11,12), Jesus Cristo disse que antes de mais nada, uma virtude precisa estar sempre em primeiro lugar; ela é a chave para que tudo mais tenha êxito. Se ela faltar, as dificuldades que já existem serão ainda mais penosas. Deve se perguntar agora qual seria? Não deixemos para depois, trata-se da perseverança: “Sereis odiados de todos por causa de meu nome, mas aquele que perseverar até o fim será salvo” – Mateus 10,22.

Fonte: Jefferson Roger


 

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quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Condenados por Deus?


Nada disso, ele pode ser bom para os outros, que levam vida mais fácil que a minha, possuem mais facilidades, mais confortos, maior condição financeira, mais desejos realizados. A grama do vizinho realmente é mais verde que a minha, sua conta bancária mais gorda, sua família dá menos problema, possuem maior disponibilidade para os prazeres da vida e a felicidade em todos os aspectos vai de vento em popa.

Sei lá o que fiz para Deus, posso sempre me perguntar isso; ô vida cheia de dificuldades, tribulações, sofrimentos e tenho que repetir: dificuldades e mais dificuldades. Como cansa gastar energia, tempo e dedicação em viver segundo os ensinamentos bíblicos e como paga dessa atitude receber apenas poucas consolações e muitas migalhas.

Já dizia o pai adotivo do Perseu que “estava cansado de ter que agradecer por migalhas”.

Mas... Tem sempre o mas e ainda bem que ele existe, toda essa reclamação, como peixe que se debate em pouca água, é das mais equivocadas possíveis; procede do pai da mentira – o diabo, que instiga a concupiscência, os sentidos e empurra o sujeito na direção das ofertas do mundo. São Tiago, lembra dele? Carta de São Tiago, capítulo quatro, versículo quatro: “quem quer ser amigo do mundo se torna inimigo do Deus”.

Pois bem, o revés, a reviravolta nisso tudo está em colocar o olhar correto sobre a causa, um olhar com origem sobrenatural. É preciso saber o porquê para se compreender o como se está vivendo. O mal tenta ensinar que ser bom é ser como o vovô, que sempre irá mimar o netinho. Ser bom significa não castigar e com isso quer mudar conceitos, ensinando que castigar provém do mal. Nada disso: “Deus corrige e castiga aqueles que ama e tem por seus filhos” (Provérbios 3,11s – Hebreus 12,6), pois, “Se nos examinássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, sendo julgados pelo Senhor, ele nos castiga para não sermos condenados com o mundo” – 1ª Coríntios 11,31-32.

Fonte: Jefferson Roger


 

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terça-feira, 11 de outubro de 2022

Eles estão de volta


É sempre a mesma história; vira e mexe o leão volta a sentir fome. O que faz o leão? Vai caçar, precisa abater mais uma presa e saciar o seu apetite. Escolhe a presa, observa seus hábitos, suas fraquezas e aguarda o momento oportuno para, de um só bote, lograr êxito em sua campanha. Depois, futuramente em nova caçada, pode aprimorar técnicas e investidas para aprisionar presas mais difíceis de serem capturadas.

Não é à toa que São Pedro em suas cartas vai fazer analogia em relação ao combate que nós, candidatos a presas, temos que infringir todos os dias. Todos nós, não importando o grau de santidade e mesmo em sua ausência, não estamos isentos da perseguição que espreita em cada canto da caminhada.

“Confiai-lhe [confiai a Deus] todas as vossas preocupações, porque ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. Resisti-lhe fortes na fé. Vós sabeis que os vossos irmãos, que estão espalhados pelo mundo, sofrem os mesmos padecimentos que vós. O Deus de toda graça, que vos chamou em Cristo à sua eterna glória, depois que tiverdes padecido um pouco, vos aperfeiçoará, vos tornará inabaláveis, vos fortificará” – 1ª Pedro 5,7-10.

Como vemos, caro leitor, o que sofremos, na ótica do combate contra o mal, é considerado biblicamente como pouco padecimento. O problema então é que damos ouvidos ao demônio que busca inverter valores e aumentar a magnitude das correções e castigos divinos fazendo com que caiamos na tentação de achar que o inimigo é justamente Deus!

Que bobagem, não sejamos tolos, o mal ataca, se afasta, nos estuda e volta a atacar; se afasta, volta a nos analisar e intenta com novas táticas em outras áreas humanas. Somente o último suspiro desta vida irá decretar o fim de suas investidas, embora, sabemos que ele ainda irá tentar nos difamar no dia do juízo particular, sendo o acusador. Portanto, nada de desleixo e relaxo, pois, eles sempre estão de volta. Na próxima curva de nossas vidas, na próxima esquina, na retaguarda, onde menos esperamos, o convite do mal e suas tentativas de nos abater nos espreitam; ele quer apagar a nossa luz.

Fonte: Jefferson Roger


 

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sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Caminhamos aqui e ali


Diariamente, infelizmente, o mundo segue enviando mais pessoas para a condenação eterna. Com a liberdade que o ser humano recebeu de seu criador para poder escolher que caminho seguir nesta vida, cada vez mais as pessoas estão – conforme nos explica Jesus Cristo – entrando pelo caminho largo e espaçoso, bem pavimentado e em declive que as leva para a danação eterna.

Quanto ao caminho do céu, que não deve ser seguido sozinho (João 15,5), estreito e apertado, cheio de tribulações, sobre ele o Cristo nos explica que muitos tentarão percorrê-lo e poucos conseguirão completá-lo. Eis aí um grande perigo: vamos entender.

A pessoa tenta seguir a palavra de Deus, vai se esforçando e logo percebe as dificuldades que podem ser comprovadas no relato do livro do Eclesiástico capítulo 2,1-7. Vendo a grande luta que tem que empreender na caminhada rumo ao céu e por estar tentando fazê-la de forma independente, escolhe abandonar a trilha ou pedir a ajuda de Jesus.

Se abandona o percurso corre o risco de ingressar no número das pessoas descritas pelo Ressuscitado; os muitos que tentarão. Sim, porque adota um método próprio, achando que por não fazer o mal a ninguém vai vivendo sem incomodar a Deus. No final, quando morrer, será encarcerado para sempre no inferno. Quando Jesus decretar esta sentença, irá se admirar, exatamente como descrito no evangelho e Jesus, exatamente como descrito lá, irá explicar que por causa da falta de caridade por conta ao amor ao Deus e ao próximo este iludido pecador não entrará no céu.

Para Deus não basta não ser mau, é preciso ser bom e bom nos moldes do Cristo (1ª Coríntios 11,1). A realidade está posta à frente de todos e devidamente prescrita na bíblia, não se trata de opiniões particulares e sim de comprovações e constatações da boa, direta, simples, objetiva e libertadora palavra de Deus. De forma tão desolada os que amam a Deus assistem diariamente o mundo exigir do inferno uma reforma constante para abarcar muitas almas que por culpa própria e abandono de Deus em troca das amizades do mundo, abominadas pelo altíssimo (Tiago, 4,4), se jogam ao inferno fazendo a pior de suas escolhas.

Fonte: Jefferson Roger


 

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terça-feira, 4 de outubro de 2022

O véu do mal


O mal existe e se personifica na pessoa do demônio; eis que o mal puro e primário, raiz de todos os outros males assola o mundo desde o Éden. Conforme aprendemos pela santa palavra de Deus, desde o início dos tempos nos parece que nosso invejoso inimigo sempre procura se aproximar demonstrando pleno interesse em nos atender naquilo que Deus não atende. E mais, se não atende tem lá seus motivos. Motivos estes que escolhemos entender, confiando na sabedoria divina e infinita do altíssimo, ou escolhemos desprezar e abraçar as soluções do nosso plano B: uma junção com satanás.

Claro, muitos vão dizer que de forma alguma fazem aliança com o demônio. Onde já se viu, compactuar com alguém que quer nossa alma perdida para sempre na danação eterna. Pois é, mas enganados pelo anjo caído aderem à sua proposta imaginando não estar fazendo. No fim das contas a culpa é humana e não existe desculpa para a queda porque cada um sempre foi livre para dar o primeiro passo. Advertidos do que é o mal, do que ele é capaz na vida de uma pessoa, simplesmente o sujeito opta por dar ouvidos à concorrência.

Deixa Deus de lado na hora da farra desregrada. Associa o criador ao sofrimento e o diabo as alegrias e prazeres. Que pesar e que lástima!

Olhando para frente não desconfia onde está se metendo porque o mal se apresenta com um véu esforçando-se para disfarçar e macaquear aquilo tudo que é divino. Sabe-se que o demônio se faz de vítima e acha que foi injustiçado, pois queria da parte de Deus coisas boas e queria igualdade com ele. Não teve nada do que lhe era merecido e agora tenta convencer as pessoas com o argumento mais ridículo possível. Todavia, sua astúcia e inteligência das eras faz do ridículo algo completamente aceitável para o entendimento humano.

Com uma desvantagem tamanha o ser humano, se tentar se desvencilhar das emboscadas, tentações e ocasiões de pecado, sozinho, já entra no combate derrotado. A psicologia demoníaca é muito sagaz e muito perspicaz. Por isso Jesus alertou para não se lutar sozinho contra o mal. Enamorar-se com essa situação é aproximar-se demais ao ponto que, quando o véu do mal for retirado, já se estará além dos arrependimentos e conversões e a glória e felicidade eternas do reino de Deus terá sido varrida da vida como uma página virada.

Fonte: Jefferson Roger


 

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segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Verdadeiros monstros


Vamos imaginar que nossa concepção sobre monstros esteja relacionada com imagens grotescas, seres que querem nos ferir, causar o mal e toda a forma de prejuízo. Seguindo por esta linha de pensamento admitamos que o anjo caído Lúcifer, após sua queda do paraíso, conforme relatos bíblicos, foi desprovido de sua beleza e formosura para reinar nas profundezas do inferno eterno. Sem dúvida, poderíamos atribuir para ele, segundo a crença cristã, uma aparência monstruosa. Aparência essa que já foi relatada em algumas aparições na vida dos santos.

Pois bem, sabendo muito bem disso – já que deve ter se olhado espelho (risos) – o diabo certamente não começa sua estratégia tentadora com foco em sua real imagem. Uma presa jamais será pega com um ataque direto e desprovido de dissimulações, camuflagens, rodeios e espreitas furtivas. É como lemos no livro do Apocalipse, o veneno é doce na boca e amargo no estômago. Então, se as coisas são assim, o mal precisa sempre se disfarçar de bem, precisa apresentar uma salada construída com meias verdades e mentiras. O mal precisa atacar não demonstrando que está atacando.

Como satanás não precisa ocupar seu tempo com lazer, trabalho, família, trânsito, vizinhos, internet e toda a forma de ocupações materiais ou não nas quais todos os seres humanos estão de alguma forma imersos, ele tem sempre vinte e quatro do dia para se dedicar a trabalhar com o seu séquito infernal na perdição de todas as almas de Deus.

Isso mesmo: todas as almas! Nossa salvação, precisa ficar muito claro para cada um, acontecerá quando Jesus decretar o veredito assim que morrermos: o juízo particular. Até este encontro cara a cara com o justo juiz, ninguém está livre de se perder. São Paulo em sua carta aos Coríntios ilustra muito bem isso quando diz que “quem está de pé, cuide para que não caia”.

Relaxar significa abaixar a guarda e deixar a vigilância pedida por Jesus de lado. Cuidemos, São Pedro vai nos recordar que “o demônio é como um leão a espreita esperando uma oportunidade para dar o bote”. O mal se embeleza para atrair olhares e esconder as suas monstruosidades que tanto almejam a derrocada das almas.

Fonte: Jefferson Roger


 

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Vidas aterrorizantes


Todo mundo, podemos crer, arriscaria dizer que a vida nos aterroriza de muitas formas, ou então que somos aterrorizados na vida de muitas formas. Sem dúvida, o que mete medo numa pessoa não mete medo em outra. Claro, existem coisas que metem medo em grupos maiores e outras que são raras de causar medo. Pois bem, ainda podemos supor que algumas pessoas, tentando vestir uma armadura, se pronunciam dizendo que não possuem medo, que nada as aterroriza. Aí mora o perigo.

Trazendo a questão para a perspectiva cristã deste site, agir da última forma como descrevemos é, realmente, algo muito perigoso: para o corpo e para a alma. Vale aqui o lembrete rotineiro de que o ser humano é feito de corpo e alma, então, o perigo para um pode, dependendo da situação, representar também um perigo para a outra metade da instituição humana.

Disso nosso cruel inimigo número um sabe muito bem. Ele, o demônio, procura tentar o ser humano no sentido de lhe tirar todo e qualquer tipo de medo. Medo de aproveitar a vida, medo de aprontar para satisfazer seus desejos não permitidos por Deus, medo de pecar escondido dos olhares supondo que isso não irá ferir ninguém e tampouco o pecador, medo de infringir os mandamentos divinos e por aí vai. Todo mundo já percebeu que o diabo é mestre nisso, embota a mente e a encoraja a vencer os medos. O diabo sabe que está escrito na bíblia que “o temor de Deus é o início da sabedoria”.

Pelo lado do bem, vale um pequeno exemplo: os três pastorinhos de Fátima, Portugal. Numa das aparições da Virgem Santíssima ela lhes concedeu a graça de vislumbrarem por um instante uma visão do inferno. Vejam bem, crianças, que na época tinham seis, sete e nove anos de idade. Ora bolas, convenhamos, se a mãe de Jesus não preservou as crianças desta visão podemos facilmente perceber a importância de sabermos desse horror, de o conhecermos, de o evitarmos e termos ciência de quão aterrorizante será parar lá por toda a eternidade.

De um lado, o diabo quer que achemos aterrorizante deixar a vida que é curta passar sem a aproveitarmos; por outro lado Deus quer que nos aterrorizemos com a ideia de irmos para a condenação eterna, afastados para todo o sempre das alegrias eternas do paraíso. Temos, portanto, que escolher; afinal Jesus nos disse: “Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode precipitar a alma e o corpo na geena” – Mateus 10,28.

Fonte: Jefferson Roger


 

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