Será que quando chegar a hora derradeira e tivermos que
passar por aquela experiência que muitos relatam que viram a vida inteira passar
em sua frente, como num filme, teremos motivos para nos orgulhar e ficarmos
felizes ou a hora dos lamentos eternos irá começar? Pois é, sabemos que o braço
pesado da justiça irá atingir a todos; nossas obras nos condenarão ou irão
depor em nosso favor.
Já nos foi revelado e está à disposição da humanidade
inteira a condição que nos aguarda: os dois julgamentos. Primeiro, o juízo particular,
onde nos será lançado o decreto eterno a respeito de como será nossa vida
eterna. Segundo, o juízo final, onde nossa glória será estendida ou a gravidade
de nossa condenação será aprimorada; sim, pois será tornado público tudo que fomos
e o que fizemos, tudo que deixamos de fazer, nossas omissões e todas as máscaras
cairão.
Ou alguém acha que, sendo má pessoa e morrendo com falsa
fama de boa pessoa, será isto escondido daqueles que tem sobre este um juízo
errado? Nada disso! No juízo final, as pessoas que acharam que alguém era um excelente
ser humano descobrirão que era na verdade um falso, mentiroso, duas caras e
vivia de aparências públicas quando na verdade escondia pecados terríveis aos
olhos das pessoas. Somente aos olhos das pessoas.
Pois é, “Deus fará prestar contas de tudo o que está oculto,
todo ato, seja ele bom ou mau” – Eclesiastes 12,14.
Portanto, enquanto se vive o altíssimo nos dá a oportunidade
do arrependimento e emenda de vida, com firme e sério propósito de conversão e de
seguir uma vida pautada no evangelho e na santa palavra de Deus. É preciso,
pois, em vida e todos os dias, fazermos um breve resumo de como ela anda. Isso
conhecemos por exame de consciência. Coração em paz, consciência em paz, sem nos
atormentar são bons indícios de que caminhamos da maneira correta. Perturbações
existem? Temos que corrigi-las. Santo Antonio Maria Claret dizia que não basta
evitarmos pecados graves, temos que diariamente nos comportarmos de modo a afastarmos
com plena certeza até os pecados veniais para só assim sentirmos verdadeiramente
a certeza de que o céu nos aguarda.
Fonte: Jefferson Roger
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