Vamos imaginar que nossa concepção sobre monstros esteja
relacionada com imagens grotescas, seres que querem nos ferir, causar o mal e
toda a forma de prejuízo. Seguindo por esta linha de pensamento admitamos que o
anjo caído Lúcifer, após sua queda do paraíso, conforme relatos bíblicos, foi
desprovido de sua beleza e formosura para reinar nas profundezas do inferno
eterno. Sem dúvida, poderíamos atribuir para ele, segundo a crença cristã, uma
aparência monstruosa. Aparência essa que já foi relatada em algumas aparições
na vida dos santos.
Pois bem, sabendo muito bem disso – já que deve ter se
olhado espelho (risos) – o diabo certamente não começa sua estratégia tentadora
com foco em sua real imagem. Uma presa jamais será pega com um ataque direto e
desprovido de dissimulações, camuflagens, rodeios e espreitas furtivas. É como
lemos no livro do Apocalipse, o veneno é doce na boca e amargo no estômago.
Então, se as coisas são assim, o mal precisa sempre se disfarçar de bem, precisa
apresentar uma salada construída com meias verdades e mentiras. O mal precisa
atacar não demonstrando que está atacando.
Como satanás não precisa ocupar seu tempo com lazer,
trabalho, família, trânsito, vizinhos, internet e toda a forma de ocupações
materiais ou não nas quais todos os seres humanos estão de alguma forma
imersos, ele tem sempre vinte e quatro do dia para se dedicar a trabalhar com o
seu séquito infernal na perdição de todas as almas de Deus.
Isso mesmo: todas as almas! Nossa salvação, precisa ficar
muito claro para cada um, acontecerá quando Jesus decretar o veredito assim que
morrermos: o juízo particular. Até este encontro cara a cara com o justo juiz,
ninguém está livre de se perder. São Paulo em sua carta aos Coríntios ilustra
muito bem isso quando diz que “quem está de pé, cuide para que não caia”.
Relaxar significa abaixar a guarda e deixar a vigilância pedida
por Jesus de lado. Cuidemos, São Pedro vai nos recordar que “o demônio é como
um leão a espreita esperando uma oportunidade para dar o bote”. O mal se embeleza
para atrair olhares e esconder as suas monstruosidades que tanto almejam a
derrocada das almas.
Fonte: Jefferson Roger
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