segunda-feira, 28 de novembro de 2022

A que ponto chegamos


Tudo pode? Tudo é certo? Tudo vale? Tudo depende? Não vemos o mal onde ele existe, não vemos a gravidade das coisas onde elas existem; tampouco sentimos que o bem que deixamos de fazer irá nos prejudicar.

Nossa percepção sobre as coisas foi diminuída pelo embotamento da mente. Destinamos para ela pouquíssimo espaço para as seriedades necessárias da vida. Tudo é passível de nos escravizar. Prazeres, vícios de diversas naturezas concorrem perigosamente para nossa definitiva derrocada, e diga-se derrocada da alma.

Valores são modificados com extrema facilidade e buscamos conforto e prazer em lugares e coisas erradas. Claro, muitos vão argumentar que é difícil e vão acertar. É difícil mesmo; não sendo à toa que por isso, Jesus nos disse que “sem ele nada podemos fazer” – João 15,5. Certamente quando as pessoas tentam resolver problemas apenas com suas próprias forças sofrem muito mais dificuldade além daquela já predestinada.

Sejam problemas de ordem física ou espiritual, sem a assistência do Espírito Santo e seus dons, a resolução de muitas coisas e o enfrentamento de muitas batalhas de qualquer natureza se tornam tarefas praticamente intransponíveis. O ser humano não pode deixar de pensar e encarar o fato de que sua realidade é material e espiritual, sua alma é desejada para a eternidade junto de Deus e junto do demônio e a caminhada para o destino eterno passa por escolhas e atitudes. Tudo é muito sério, assim nos colocou Jesus, e tudo é muito grave para se deixar passar por nossa vida e nossos olhos com tanta leviandade. A que ponto chegamos? Dar pouca, quase nenhuma ou nem isso para um assunto tão grave? Uma vida para se viver, uma alma para se salvar e uma existência sem o conhecimento do fim terreno para concluir a corrida e como diz o apóstolo, combater o bom combate, sendo merecedores, pelas obras, da coroa da glória eterna, concedida depois do julgamento (Apocalipse 22,12).

Fonte: Jefferson Roger


 

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