Nossa percepção sobre as coisas foi diminuída pelo
embotamento da mente. Destinamos para ela pouquíssimo espaço para as seriedades
necessárias da vida. Tudo é passível de nos escravizar. Prazeres, vícios de
diversas naturezas concorrem perigosamente para nossa definitiva derrocada, e diga-se
derrocada da alma.
Valores são modificados com extrema facilidade e buscamos
conforto e prazer em lugares e coisas erradas. Claro, muitos vão argumentar que
é difícil e vão acertar. É difícil mesmo; não sendo à toa que por isso, Jesus
nos disse que “sem ele nada podemos fazer” – João 15,5. Certamente quando as
pessoas tentam resolver problemas apenas com suas próprias forças sofrem muito
mais dificuldade além daquela já predestinada.
Sejam problemas de ordem física ou espiritual, sem a assistência
do Espírito Santo e seus dons, a resolução de muitas coisas e o enfrentamento
de muitas batalhas de qualquer natureza se tornam tarefas praticamente
intransponíveis. O ser humano não pode deixar de pensar e encarar o fato de que
sua realidade é material e espiritual, sua alma é desejada para a eternidade
junto de Deus e junto do demônio e a caminhada para o destino eterno passa por
escolhas e atitudes. Tudo é muito sério, assim nos colocou Jesus, e tudo é
muito grave para se deixar passar por nossa vida e nossos olhos com tanta leviandade.
A que ponto chegamos? Dar pouca, quase nenhuma ou nem isso para um assunto tão
grave? Uma vida para se viver, uma alma para se salvar e uma existência sem o
conhecimento do fim terreno para concluir a corrida e como diz o apóstolo,
combater o bom combate, sendo merecedores, pelas obras, da coroa da glória
eterna, concedida depois do julgamento (Apocalipse 22,12).
Fonte: Jefferson Roger
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