quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

A radicalidade da condenação ao inferno


Certamente e isso inclui a parte peregrina da igreja de nosso senhor Jesus Cristo, todo mundo que já decidiu fazer um exame de consciência mais apurado, quiçá, mais radical e rigoroso a respeito de sua conduta e relação com Deus e com o próximo, visando chegar ao céu, escapando obviamente do inferno, se deparou com a triste realidade da dificuldade que isso significa.

Inclui-se a igreja nisso porque, houve tempos remotos em que tudo era sim ou não, certo ou errado, graças ou desgraças e tudo com base na palavra de Deus. Já se vão tempos em que bastariam os dez mandamentos da lei divina, os originais, para que a pessoa vivesse feliz nesta terra e depois da morte vivesse feliz no paraíso. Foi-se o tempo. Nos parece que, quanto mais o ser humano foi se deparando com a batalha diária que consiste a vida terrena (inclui-se aqui os assaltos do diabo, que busca perder a alma), mais foi percebendo que esse negócio de ir ao céu não é tarefa das mais fáceis.

Na contrapartida da situação, quanto mais aqui, menos acolá; não pode haver equilíbrio, meio termo, morno, em cima do muro. “Quem não está comigo está contra mim” – nos disse Jesus. E mais, o ressuscitado ainda disse que para o homem é impossível, por meios próprios, chegar ao céu. Puxa vida, ferrou tudo então! Pior é que é verdade! Está lá, ele nos disse isso mesmo. Então, já que as coisas são assim, estamos é mais que enrascados, pois, segundo a palavra de Deus, por qualquer coisinha seremos condenados. Quando lemos na bíblia – está na carta de Tiago – que aquele que desobedece a um item da lei, desobedece a lei inteira, porque quem prescreveu uma proibição, também é autor das outras, não basta escolher o que respeitar.

Quanto mais vivemos mais compreendemos que Deus pede nosso esforço, traduzido em obras (Apocalipse 22,12), já que sozinhos não podemos nos salvar (João 15,5). Que perigo constante vive uma alma neste vale de lágrimas. E não se trata de coragem tentar seguir em frente ignorando a ajuda divina, se trata de burrice mesmo, loucura.

Fonte: Jefferson Roger


 

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