quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Cheia de graça


Foi o que o enviado de Deus, o anjo Gabriel disse ao saudar Maria, quando da sua missão de anunciar-propor que ela fosse a mulher a receber no ventre o filho de Deus: nosso senhor Jesus Cristo. Sabe-se por vários meios, deduções e escritos sagrados, que Jesus, livre de toda a mancha de pecado não poderia ter nascido de uma mulher manchada pelo pecado original. Ora bolas, carne da carne e sangue do sangue.

Deus não manipulou neste ponto somente a natureza do filho; poderia, mas não quis assim. Quis que a humanidade pudesse contar com uma mãe celestial. Maria Santíssima, preparada pelos céus para receber o salvador da humanidade, já era prescrita desde o antigo testamento apontando para a intenção divina desde longa data.

Ademais, para que a perfeição de Deus atingisse a história da humanidade por inteiro, quis o divino criador que as coisas fossem concebidas dessa maneira. Ave, cheia de graça, o senhor é contigo – Lucas 1,28. E o anjo segue adiante depois que a escolhida demonstrara medo e receio: “Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus” – Lucas 1,30.

Pois bem, todos nós temos a possibilidade de encontrarmos graça diante de Deus; afinal, se não for assim, não moraremos um dia com ele no paraíso. Todavia, nossa trajetória é diferente da trajetória da mãe do salvador. Ela, concebida sem pecado, suportou as tentações e no tempo certo, estava pronta para o seu sim a Deus. Sendo livre do pecado original isso não a isentava de ser tentada ao mal pelo inimigo. Ou alguém acha que o diabo iria desperdiçar oportunidade tão grande de destruir a obra prima dos céus, destinada a entregar para a humanidade aquele que nos livraria dos pecados? Claro que não, não é mesmo!

Por isso, no momento certo ela pôde ouvir que foi encontrada em estado de graça. Cabe a nós, cada um segundo seus desígnios, seguirmos o exemplo de Jesus e de Maria, para quando chegar nossa hora também possamos ser recebidos como alguém cheios de graça, prontos a entrar no céu. Afinal, sobre isso Jesus já sinalizava: “Digo-vos que em breve [Deus] lhes fará justiça (justiça aos seus escolhidos). Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a terra?” – Lucas 18,8.

Fonte: Jefferson Roger


 

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