Dizem que Deus nos fez à sua imagem e semelhança. Todavia,
isso é muito vago e muito relativo. Sim, porque na bíblia aprendemos muitos
atributos sobre ele, tanto bons, como ruins (isso em nossa concepção). Ademais,
temos que concordar que naturalmente ele nos faria “diferentes” dele por razões
óbvias; haja vista o exemplo que temos de Lúcifer.
Fala-se também que Deus escreve certo por linhas tortas e
que, como ser perfeito que é, não criaria nada imperfeito. Não tem como isso
ser corroborado, mais uma vez, haja vista toda a imperfeição que existe, por
exemplo, nos seres humanos, de ordem física e intelectual. Va lá, nunca seremos
capazes de entender os motivos divinos; nem autoridade temos para questiona-los,
pois, ao pequeno sopro divino, nossa vida assim como começou, pode acabar. Somos
um nada.
Para complicar ainda mais a situação de cada um, olhando
para os lados vemos pessoas de diferentes características e, foco deste artigo,
diferentes talentos. Pode piorar ainda mais: e meu talento? Ou meus talentos?
Tenho algum? Investigando ao longo dos dias, ao longo dos anos e ao longo da vida,
colhendo testemunhos e críticas das pessoas, percebo que estou desprovido
deles. Me esforço e não adianta, não encontro em mim talento algum. Sou um anônimo
que não faz diferença na vida das pessoas, não acrescenta nada, não contribui
positivamente em nada e ainda assim, preciso viver acreditando nas coisas divinas
e cultivando uma fé que sempre foi muda, pois nunca do céu recebi uma resposta
seja de que maneira fosse aos meus pedidos mais pequeninos.
Parece ser algo ruim, mas analisado com calma é possível
encontrar uma relação direta com o evangelho. Não uma, mas algumas; aqui,
porém, falaremos da passagem onde Jesus disse que, se convidados, devemos
sentar no último lugar, o mais esquecido, desapercebido, mais ignorado, para
que aos olhos do dono da festa sejamos chamados na presença de todos e convidados
a ocupar um lugar melhor. Parece aqui ser uma lição para crer em Deus, que ele exaltará
os que se humilham e vivem no escondimento da fama do mundo, tentando fazer o melhor
ao outros, por amor a Deus e não caindo na tentação de se comparar ao que o
mundo espera de si e sim o que Deus aguarda de cada um.
Fonte: Jefferson Roger
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