Dar sentido à crise atual é uma tarefa assustadora.
Enfrentamos um desastre moral que exige olhar para além do plano natural das
políticas e da política mesquinha. Se quisermos encontrar a solução, devemos
nos aprofundar no problema. Há um poderoso meio de discernimento que precisa
ser considerado se quisermos vencer a luta de hoje pelos valores morais.
Devemos abrir espaço para a contemplação.
A contemplação diagnostica as doenças da sociedade. Um
médico não pode distinguir doença de saúde se ele não sabe como um corpo humano
saudável funciona. Ele acabará tratando os sintomas da doença sem abordar a
doença em si. Assim, seus esforços serão em vão, e o paciente será perdido. Da
mesma forma, não podemos diagnosticar as doenças da sociedade sem saber como
Deus pretendia que a ordem criada fosse. Se contemplarmos a ordem do universo
como ordenado por Deus, vemos na criação um reflexo da perfeição de Deus. A
contemplação permite-nos compreender, até certo ponto, os desígnios de Deus
para o mundo.
Chegamos a perceber como deve ser uma sociedade
verdadeiramente cristã e desenvolvemos um profundo amor por esse ideal. Esta
admiração leva, em última análise, a um ardente desejo de estabelecer uma
civilização verdadeiramente cristã. Somente quando esse desejo nasce é que
podemos ver o quão longe estamos desse ideal. Em seguida, desenvolvemos uma
ideia de como as coisas são ruins. Começaremos a ver, por exemplo, a
perseguição da Igreja Católica, a destruição da ordem moral e o avanço do
ocultismo sob uma luz diferente. Esses problemas devem ser considerados com
profunda reflexão se quisermos chegar às suas causas profundas. Veremos a crise
como uma luta do bem contra o mal; Deus e o diabo. Uma vez que percebamos isso,
estaremos mais bem equipados para obstruir as ações daqueles que promovem o
mal.
A contemplação também nos permite rejeitar falsas soluções
que só conseguem promover a causa do diabo. A contemplação implica uma séria
reflexão e admiração do bem e uma firme rejeição do mal. Deve desempenhar um
papel essencial na análise do atual processo revolucionário que procura
destruir quaisquer resquícios da ordem de Deus. Só então podemos descobrir a
raiz de um problema e chegar a uma solução. Nossa cultura moderna desencoraja
esse comportamento. No entanto, para avançar, devemos adotar uma abordagem
contemplativa. Se a contemplação continuar a ser negligenciada, nosso destino
estará selado.
Fonte: Jefferson Roger
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