sábado, 28 de janeiro de 2023

O católico e a contemplação


Dar sentido à crise atual é uma tarefa assustadora. Enfrentamos um desastre moral que exige olhar para além do plano natural das políticas e da política mesquinha. Se quisermos encontrar a solução, devemos nos aprofundar no problema. Há um poderoso meio de discernimento que precisa ser considerado se quisermos vencer a luta de hoje pelos valores morais. Devemos abrir espaço para a contemplação.

A contemplação diagnostica as doenças da sociedade. Um médico não pode distinguir doença de saúde se ele não sabe como um corpo humano saudável funciona. Ele acabará tratando os sintomas da doença sem abordar a doença em si. Assim, seus esforços serão em vão, e o paciente será perdido. Da mesma forma, não podemos diagnosticar as doenças da sociedade sem saber como Deus pretendia que a ordem criada fosse. Se contemplarmos a ordem do universo como ordenado por Deus, vemos na criação um reflexo da perfeição de Deus. A contemplação permite-nos compreender, até certo ponto, os desígnios de Deus para o mundo.

Chegamos a perceber como deve ser uma sociedade verdadeiramente cristã e desenvolvemos um profundo amor por esse ideal. Esta admiração leva, em última análise, a um ardente desejo de estabelecer uma civilização verdadeiramente cristã. Somente quando esse desejo nasce é que podemos ver o quão longe estamos desse ideal. Em seguida, desenvolvemos uma ideia de como as coisas são ruins. Começaremos a ver, por exemplo, a perseguição da Igreja Católica, a destruição da ordem moral e o avanço do ocultismo sob uma luz diferente. Esses problemas devem ser considerados com profunda reflexão se quisermos chegar às suas causas profundas. Veremos a crise como uma luta do bem contra o mal; Deus e o diabo. Uma vez que percebamos isso, estaremos mais bem equipados para obstruir as ações daqueles que promovem o mal.

A contemplação também nos permite rejeitar falsas soluções que só conseguem promover a causa do diabo. A contemplação implica uma séria reflexão e admiração do bem e uma firme rejeição do mal. Deve desempenhar um papel essencial na análise do atual processo revolucionário que procura destruir quaisquer resquícios da ordem de Deus. Só então podemos descobrir a raiz de um problema e chegar a uma solução. Nossa cultura moderna desencoraja esse comportamento. No entanto, para avançar, devemos adotar uma abordagem contemplativa. Se a contemplação continuar a ser negligenciada, nosso destino estará selado.

Fonte: Jefferson Roger


 

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