De forma bem didática e esclarecedora, lemos no catecismo o
seguinte esclarecimento sobre a doutrina bíblia do inferno: “morrer em pecado
mortal se ter-se arrependido dele e sem acolher o amor misericordioso de Deus
significa ficar separado do todo poderoso para sempre, por nossa própria opção
livre. E é este estado de autoexclusão definitiva da comunhão com Deus e com os
bem-aventurados que se designa com a palavra ‘inferno’.
Jesus fala muitas vezes da ‘geena’, do fogo que não se
apaga, reservado aos que recusam até o fim da sua vida crer e converter-se, e
no qual se pode perder ao mesmo tempo a alma e o corpo. Jesus anuncia em termos
graves que ‘enviará’ seus anjos e eles erradicarão do seu reino todos os
escândalos e os que praticam a iniquidade, e os lançarão na fornalha ardente, e
que pronunciará a condenação: ‘afastai-vos de mim, malditos, para o fogo
eterno!’.
O ensinamento da igreja afirma a existência e a eternidade
do inferno. As almas dos que morrem em estado de pecado mortal descem
imediatamente após a morte aos infernos, onde sofrem as penas do inferno, o
fogo eterno. As afirmações das sagradas escrituras a cerca do inferno são um
chamado à responsabilidade com a qual o homem deve usar sua liberdade em vista
de seu destino eterno. Constituem também um apelo à conversão: ‘entrai pela
porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que conduz à perdição. E
muitos são os que entram por ele. Estreita, porém, é a porta e apertado o
caminho que conduz à vida. E poucos são os que o encontram’.
Como desconhecemos o dia e a hora, conforme advertência do
Senhor, vigiemos constantemente para que, terminado o único curso de nossa vida
terrestre, possamos entrar com ele para as bodas e mereçamos ser contados entre
os benditos, e não sejamos, como servos maus e preguiçosos, obrigados a ir para
o fogo eterno, para as trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.
Deus não predestina ninguém para o inferno, para isso é preciso uma aversão
voluntária a Deus (um pecado mortal) e persistir nela até o fim”.
Fonte: Jefferson Roger
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