segunda-feira, 24 de abril de 2023

A espera do bote

 

Gosto sempre de lembrar da passagem que diz que o demônio é como um leão à espreita esperando a oportunidade de dar o bote. Fico imaginando que nosso mundo – a selva de pedra – tem, além deste “leão” metaforado nas sagradas escrituras, tantos outros leões. De fato, a alma tem categoricamente três inimigos, relembremos: o diabo, o mundo e a concupiscência.

Claro, nosso inimigo número um se mete em todas essas realidades. Sempre anda ocupado como diz o texto bíblico e uma coisa a seu respeito temos que encarar como a mais pura verdade: ele é muito sútil e faz seu trabalho com maestria. De ouvidos mais que abertos bastou uma reclamação nossa que ele corre a arrumar aquilo que desejamos. Claro, o cliente tem sempre razão e cliente satisfeito volta mais vezes e ainda recomenda. O diabo trabalha bem; sua maestria em voltar as pessoas contra Deus remonta a época do paraíso.

Vamos recordar que ele “pintou” Deus como mentiroso, que escondia de Adão e Eva a verdade sobre a árvore do bem e do mal, pois não queria que eles fossem como deuses.

O problema é que a pobre alma sempre tem dificuldade em enxergar o quão desastroso é para si um namoro dessa natureza. Enamorar-se com o maligno pode se constituir num caminho sem volta. Os santos já diziam: por prazeres terrenos sofrem-se tormentos eternos. E mais, Jesus Cristo disse em muitas passagens do evangelho que estamos avisados. Ele foi bem claro: “estais avisados sobre tudo”.

Não temos desculpas, o aviso foi dado sobre a espreita do mal. Temos sempre que recordar que o perigo nos cerca e nos observa. Fiquemos, pois, com o conselho divino do ressuscitado: sem mim nada podeis fazer (João 15,5). Acheguemo-nos para junto do Cristo, isso jamais será algo em vão.

Fonte: Jefferson Roger

Nenhum comentário:

Postar um comentário