Hoje precisei, para encerramento de mais uma etapa acadêmica
(estágio de regência), dar uma aula para uma turma do ensino fundamental I. Por
ter habilidade de ensinar e assim o fazer a muito tempo já – desde 1985 – de fato,
não foi tarefa das mais difíceis. Muitos fatores contribuíram para o “sucesso
da missão”. Todavia, para o contexto deste site, precisamos refletir sobre
assuntos mais sérios e graves, que como sempre dizemos por aqui, estão
relacionados com a salvação da alma e as escolhas que fazemos.
Pois bem, pouco antes de ir embora, já nas despedidas aqui e
ali, uma das funcionárias comentou comigo que “para mim tinha sido moleza dar esta
aula de hoje (no quinto ano do ensino fundamental I), pois eu já estava no
nível ‘hard’ de dificuldade”. Vamos esclarecer, o pessoal da escola sabia que
atualmente estou dando aulas no ensino médio, os jovens adolescentes, que ainda
não deixaram totalmente de ser crianças e ainda não são adultos por completo.
Aquela faixa etária bem delicada.
Jovens que desrespeitam a autoridade dos professores em
sala, ainda que antes disso, se deva o respeito ao próximo, ser humano,
independente de títulos. Jovens que chegam ao ponto de elevarem esse
desrespeito ao nível dos xingamentos e ofensas diretas (relatos de meus colegas
de escola). O desdém é tamanho que parece haver em tempos atuais novas
barreiras que não permitem mais a eles compreenderem a seriedade que é viver e
adquirir conhecimento para se bem viver em sociedade.
Realmente a dificuldade existe; em que ponto perdermos a mão?
Por que muitos deles não abraçam mais a oportunidade de aprender sobre tudo, de
forma sadia, saudável e benéfica, para que se tornem pessoas de bem, cidadãos ativos
e responsáveis, chefes de família e bons exemplos de moral, pudor e ética? Por
que a rebeldia quase constante? Jovens inquietos em sala de aula que não
conseguem fazer silêncio, ficar sem se mexer, dar atenção ao que se compartilha
em apenas poucos minutos? O celular é apenas bem-vindo para coisas que não
envolvam responsabilidades estudantis, fora isso sempre dizem que não possuem
tempo, pacote de dados, internet ou disposição para as obrigações pertinentes
ao seu estado de vida. Falo com convicção que lhes falta um apego a Deus e uma
família também apegada a ele, (não as coisas do mundo), assim é em minha casa.
Sem dúvida, o nível é “hard”, mas não chegou ainda ao
extremo: existe o nível “hardest”. Para nós que abraçamos o fardo da missão de
sermos professores e contribuirmos ajudando as pessoas a aprenderem, apenas
exercemos uma extensão daquilo que fazemos em casa e em relação ao nosso
convívio com Deus. Falo aqui por mim, que jamais desanimarei embora venham ventos
contrários.
Fonte: Jefferson Roger
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