Muitos podem achar que o pessoal católico mais uma vez vai parar
suas atividades para bater na mesma tecla: comemorar a páscoa de nosso senhor
Jesus Cristo. Outros vão achar que é a época do coelhinho da páscoa, que, na
disputa de quem é mais popular com o público infantil, promete entregar ovos de
chocolate e outros doces para as crianças boazinhas. É a queda de braço entre o
bom velhinho e o orelhudo mais querido entre os bichos? Há ainda aqueles que
encaram tudo como mais um feriadão, oportunidade para viagens abarrotadas de
pessoas nas estradas e hotéis. Enfim, todo mundo tem sua dose de verdade
naquilo que crê; que respeite-se então, as crenças e atitudes de cada um.
Ao filho de Deus, batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo, outra vez o chamado lhe convoca a adentrar a semana derradeira; a
reviver o acontecimento histórico, impactante de proporções imensas que foi
realizado sobre esta terra e que tem efeito eterno na vida de cada um. A
oportunidade, além de ser diária, em tempos como esse é mais convidativa a se
mergulhar mais fundo nos caminhos da fé, pois, na superficialidade da vida que
o mundo convida cada um a viver, Jesus Cristo e tudo que ele fez, faz e fará pelas
pessoas, fica ofuscado pelos prazeres do mundo.
E por falarmos em semana derradeira, vale também relembrar o
convite diário a pensarmos em quão importante é o derradeiro em nossas vidas.
Ele pode chegar e quando passar pelo nosso caminho levar com ele preciosidades
que muito tínhamos apreço. Isso, ainda que pesaroso para a natureza humana
suportar, é pouco, se tomarmos ciência de que a escolha derradeira de nossas
vidas precisa, mais que urgente, ser tomada. Já que vivemos uma vida de
decisões diárias, não podemos cair na tentação de achar que todas merecem o
mesmo cuidado. Nada disso! Algumas são cruciais, e como estamos a falar aqui:
derradeiras. Não queremos de Deus em nossas vidas aquelas graças extraordinárias,
realmente especiais, que chamamos de milagres? Pois bem, que se faça então um milagre,
que ele toque a todos para nos decidirmos em definitivo a seguir Jesus Cristo por
toda a vida e não, como muitos fizeram, somente até o domingo de ramos, pois,
dali em diante, a caminhada fica mais difícil, mais íngreme, o preço da salvação
aumenta e o Ressuscitado nos afirmou e garantiu: “quem quiser se salvar, tome a
sua cruz dia após dia e me siga” – Lucas 9,23; e ainda: “aquele que perseverar
até o fim será salvo” – Mateus 10,22.
Fonte: Jefferson Roger
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