segunda-feira, 24 de abril de 2023

Sentindo a presença de Deus


Pois bem, o apego do composto de corpo e alma, chamado ser humano, notadamente tem muito mais apego ao plano terrestre do que ao plano espiritual. Pelo menos até aqui é o que a experiência cotidiana demonstra para todas as pessoas. Vai ver Deus quis assim, como dizem os antigos, vai ver não é assim, mas nossas atitudes nos levaram até este ponto.

Seja como for, algumas vezes – ou poderíamos desesperadamente dizer – muitas vezes, gostaríamos que as coisas fossem um pouco diferentes; quiçá até muito diferentes. Gostaríamos de sentir mais a presença do divino em nossas vidas. Sem dúvida isso facilitaria muito as coisas em relação a nossa vida e nossa relação com Deus e as pessoas. Só que tem sempre um detalhe, sempre aquele, mas que nunca nos deixa esquecer que a vida não é assim, da maneira como gostaríamos que fosse.

Lendo e relendo as sagradas escrituras não encontramos nada que nos informe (que pena) que alguma facilidade existiria, existe ou existirá enquanto estivermos por aqui, no que muito bem rotulado chamamos de vale de lágrimas. Certamente, se não choramos lágrimas físicas, as choramos de forma espiritual. Sofremos porque queremos uma vida diferente e livre dos desafios e problemas, mas a cada esquina que dobramos, tentando deixá-los para tras, adivinhe? Lá estão eles ou os novos desafios da vida.

Então nos perguntamos, onde está o divino? Onde está? Ficamos a repassar em nossas mentes a vida que levamos até este momento e não conseguimos decretar com certeza mais que absoluta que neste ou naquele momento específico tivemos a comprovação de que Deus existe, Jesus e sua Mãe, Maria Santíssima, os anjos e santos. Não conseguimos e ficamos à deriva, sofrendo por não conseguirmos manter a fé intacta, se é que ainda exista; mais provavelmente ou fragmento ou aquela pontinha quase diminuta que insiste teimosamente em não abandonar nosso coração. Quer saber? É a sementinha que Deus colocou dentro de cada um e que não nos deixa desistir, que nos instiga a querer voltar para o céu ao preço que custar. Graças a ela seguimos em frente e nos damos conta de que somos nós que estamos afastados de Deus ou nos afastando dele e por isso, ficamos a ter dificuldades em sentir o sobrenatural celeste.

Fonte: Jefferson Roger

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