Chegou o dia da ressurreição: alguém se aproxima. Ela está
correndo. É Maria Madalena, e ela ainda está chorando. Encontrando o sepulcro
aberto com sua pedra enrolada e nenhum guarda romano à vista, ela não sabe o
que pensar. Ao ver um homem que ela confunde com um jardineiro, ela pergunta:
"Onde está Jesus?" Ele responde com uma única palavra:
"Maria". As escamas caem de seus olhos, e ela responde:
"Rabboni!", que significa "Mestre". No
entanto, Nosso Senhor, cujo corpo glorioso pode se mover mais rápido do que
qualquer foguete, não está mais lá. Ele está no Cenáculo, onde Maria Santíssima
se retirou para chorar por seu Filho na semiescuridão. De repente, Cristo entra
radiante. Ela não se engana como Maria Madalena pois, afinal, ela é sua mãe.
Lembremo-nos do último olhar de Jesus para Sua Mãe da altura
infinita da Cruz. Ela é a última pessoa que Ele vê antes de fechar os olhos na
morte. É um olhar de amor que o mundo nunca conheceu: o amor de Deus por Sua Santa
Mãe. Imagine então o primeiro olhar trocado entre Mãe e Filho após a
Ressurreição, pois a tristeza mais profunda se torna a maior alegria! Em um
instante, Ele retorna a Maria Madalena, pois glorificado, Ele não está mais
limitado ao tempo e ao espaço e não mais, mesmo depois de sua ascensão,
abandonará as suas ovelhas.
Ele aparece aqui e ali, falando primeiro com esse discípulo,
depois com esse discípulo. Somente no Juízo Final conheceremos todos aqueles a
quem Cristo falou, dando coragem e conselhos, enquanto preparava Sua Igreja
para as batalhas vindouras.
A hora da Ascensão está próxima. Jesus caminha até o Monte
das Oliveiras acompanhado de sua mãe e dos apóstolos. Não é uma simples
despedida. Eles se apegam a cada palavra de Seu ensinamento com atenção
arrebatada. Se a Transfiguração de Nosso Senhor no Monte Tabor tivesse deixado
os Apóstolos atônitos, podemos imaginar como Ele deveria aparecer no momento de
Sua Ascensão. À medida que Jesus fala, Seu corpo gradualmente começa a subir.
Ele sabe que está subindo para o Céu, mas é tão natural, tão apropriado e tão
normal que Ele suba que, a princípio, seus apóstolos podem vê-lo como
simplesmente mais um exemplo de sua glorificação. No entanto, em um certo
momento, ele está tão alto que eles percebem: "Ele está nos deixando
agora!" E assim, o Senhor Ressuscitado sobe à glória do Céu.
E de lá, do reino de seu pai, do paraíso eterno, aguarda os
perseverantes na fé e nas obras para que um dia sejam coroados para todo o
sempre e vivam felizes e juntos no reino que para estes foi preparado. Jesus
teve sua hora de ascensão e um dia nossa morte nos conduzirá para a próxima
etapa eterna de nossas vidas, onde, no encontro com o justo juiz receberemos a
sentença ou a recompensa (Apocalipse 22,12).
Fonte: Jefferson Roger
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