Doce na boca e amargo no estômago; esta expressão
encontramos na bíblia e está relacionada com o golpe enganoso que o diabo
desfere contra as pessoas seduzindo-as a cometerem pecados. Como o pecado em si
é algo que destrói a alma, precisa nosso inimigo número um articular muito bem
suas atitudes para que queiramos fazer o que não devemos e queiramos repetir a
dose até que estejamos envenenados o suficiente para, doentes espiritualmente,
não possuirmos forças para querermos voltar para a vida da graça.
Ademais, se pensarmos um pouquinho e analisarmos alguns
fatos, vamos compreender porque Nossa Senhora disse em suas aparições que os
pecados que mais condenam o homem são os pecados da carne. Porque neles existe
uma matéria criada por Deus que é boa, benéfica e feita para o bem do ser
humano. Todavia, para o ordenado funcionamento dessa bondade de Deus, ele criou
também as regras de uso; e é neste ponto que o diabo se mete, prejudicando o
entendimento humano e corrompendo a razão e a força de vontade responsável pelo
sacrifício diário que todos são chamados a exercer.
Por isso as aparências são falsas; muitos pecados não parecem
pecados porque são bons de praticar, trazem boas sensações e com isso o caráter
paradoxal empurra o sujeito para o lado das más escolhas. As pessoas se
esquecem que sacrifício significa abrir mão de um bem em função de outro bem
maior ainda. E que bem poderia superar a entrada da alma no céu? Em minha
opinião: nenhum. Não existe prazer desregrado, afastado da palavra de Deus, sem
origem nela que possa não prejudicar a alma humana.
Quem pensa diferente, por querer enamorar-se das sensações
prazerosas na mente e no corpo, vive acumulando uma dívida com Deus que depois,
ao final da jornada terrena, deverá ser acertada e aí daquele, como disse
Jesus, que ficou apenas falando o nome do senhor da boca para fora. Como disse
o Cristo, aí dos falsos que por não se acharem pessoas que fazem mal a alguém,
seguiam pacatamente em suas aventuras mundanas longe das responsabilidades
atribuídas a todos os filhos de Deus. Como lemos em Eclesiastes 12,13-14 – “Em
conclusão: teme a Deus e observa seus preceitos, é este o dever de todo homem.
Deus fará prestar contas de tudo o que está oculto, todo ato, seja ele bom ou
mau”.
Fonte: Jefferson Roger
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