Arrisco dizer que, possivelmente, o cristão que assistiu ao
filme O Exorcista do Papa, onde o Padre Gabriele Amorth, interpretado pelo ator
Russell Crowe, trava sua luta contra o mal, ao deparar-se perto do final da película,
onde o epílogo da história já estava em curso, sentiu um grande sentimento de
felicidade e de reviravolta quando, em meio as agonias da batalha que o
sacerdote enfrentava, surge dos céus a ajuda divina: Virgem Maria.
Foi surpreendente ver a luz invadindo a escuridão da caverna
e o mal tendo que abrir mão de seu espaço na investida contra as almas de Deus,
para ceder àquela que é a toda cheia de graça, Maria Santíssima. Tanto é, que o
momento corrobora para uma derrocada do mal, que o personagem se ajoelha em
frente a mãe de Jesus Cristo, como quem se rendera extasiado para a ajuda que
acabara de chegar. Nesta hora pensei: olha só que pesquisa fizeram os
produtores do filme, pois em sua biográfica, o Padre Amorth conta que ao
receber o cargo de exorcista, a primeira coisa que fez foi se dirigir para a
igreja, ajoelhar-se em frente a uma imagem de Nossa Senhora e colocar sob seus
cuidados e proteção a nova missão que estaria a começar e que exerceria até sua
morte.
Fiquei animadíssimo com o que estaria por vir, mas, sempre
existe o mas, a mensagem que o filme queria passar era outra. Era um engodo,
uma farsa; o diabo, o pai da mentira, sabendo da consagração do ministério do
padre para com a mãe de Jesus Cristo, utilizou-se dessa informação para tentar
sucumbi-lo. Claro, não conseguiu, mas o recado fica dado. A cena só endossa muitas
verdades bíblicas a respeito do demônio, o quanto ele joga sujo e se aproveita
de tudo a nosso respeito que possa ser usado de alguma maneira contra nós.
As coisas são assim, a batalha contra o mal é feroz, é diária,
é ordinária; embora para alguns às vezes possa ser extraordinária. De qualquer
forma o combate existe e todos os dias as artimanhas do inimigo não se cansam
de nos assolar.
Fonte: Jefferson Roger
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