Existem coisas que damos mais valor do que o necessário; outras,
por outro lado, que merecem muito mais valor, mas muito mais valor mesmo, ficam
elencadas para patamares bem inferiores. Haja vista, todos podem confirmar,
ouvirmos as pessoas dizerem que este, aquele ou aquela outra pessoa só deu
valor depois que tinha perdido. De fato, às vezes é preciso que se sinta dor.
Não dizem que se não for por amor, vai pela dor? Pois é, o povo é sábio e
ilustra muito bem as experiências da vida.
No entanto, não adianta, é preciso andar nos trilhos e fazer
de tudo para dele não descarrilar. Pois, saindo deles como poderá voltar? Se
pensarmos de forma analógica, um trem que sai dos trilhos para lá não retorna
sozinho. Dá muito trabalho para tudo ser endireitado. Assim é na vida das
pessoas: se sair dos trilhos vai se complicar na vida e com Deus.
Portanto que fiquemos atentos, eis o conselho de Jesus
quando diz que precisamos vigiar e orar sem cessar. O sujeito sai dos trilhos
porque não valoriza o que se deve valorizar. E o peso de certas coisas não é
medido em ouro, ou em madeira de lei, mas sim pelo que elas agregam. Costumo
dizer que a aliança que uso vale vinte e oito anos. O rosário que uso, uma relíquia
de terceira grandeza (usada por uma santa) tem o peso da própria santidade. Não
me é possível portar itens como estes e pintar de bonzinho sendo um lobo em
pele de ovelha. Seria uma ofensa imensa a tudo que Deus me concede, tudo mesmo
e isso inclui as correções da vida.
É assim que é, ou se toma jeito na vida e se caminha com
Jesus Cristo e Maria Santíssima ou se fica batendo cabeça pelos cantos obscuros
dos prazeres. Ao olhar para estes utensílios, percebo a responsabilidade que me
foi passada e como cristão, se tenho vergonha na cara e temor a Deus, preciso
honrar os dons recebidos por ele. Afinal, como posso dar bom testemunho se me
comportar como os fariseus, chamados por Jesus de hipócritas?
Fonte: Jefferson Roger
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