quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Motivos para pecar ou não


Razões e motivos é o que não faltam na vida de uma pessoa. De fato, o ser humano é perito na criação de razões e motivos para endossar suas atitudes. Uma situação que vai, mais ou menos, na mesma linha da culpa: “a culpa é minha então eu a coloco em quem eu quiser”. Pois bem, e agindo assim a lista de argumentos em favor próprio se torna facilmente interminável. Afinal, assim como é fácil fazer malabarismo com as palavras, da mesma forma se pode justificar comportamentos.

Os padres que o digam; na fila do confessionário o sujeito chega para sua confissão e começa a falar mal dos outros culpando-os por ter pecado. “Olha seu padre, eu fiz isso de errado por causa dele, por ser ele assim e assado”. Exemplos como esse ouvi da boca do sacerdote Duarte Souza Lara, da Diocese de Lamego em Portugal. Padre exorcista que acompanhou o também padre exorcista – já falecido – Gabriele Amorth, autor de muitos livros.

Como vemos, a coisa é mais fácil de se compreender do que se imagina; no fundo estamos a falar das desculpas. Muitas pessoas são verdadeiros mestres em usar desse artifício – o de se pedir desculpas para tudo ou dar desculpas sobre tudo – para se defender e como já dissemos, justificar suas condutas. Desta forma o que não faltam são justificativas para pecar e para não pecar. E estas justificativas são tão boas que o pecado é transformado quase num passe de mágicas em algo nada prejudicial para a alma e facilmente passivo de se conviver com ele.

Acostuma-se tão rapidamente e facilmente e só se dá conta disso o sujeito quando for tarde demais ou por misericórdia divina, ainda que o estrago esteja feito, acorda-se no meio da tempestade e a salvação custará muito caro para o empenho da pessoa. O que resta então é não dar ouvidos aos ditos do maligno e abraçar os verdadeiros motivos e razões pelas quais vale viver e um dia morrer para entrarmos na glória e felicidade eternas do reino de Deus, preparado para todos nós desde o início dos tempos (Mateus 25,34).

Fonte: Jefferson Roger


 

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