Isso mesmo, esse hábito de respondermos que está tudo bem,
meio que automaticamente, é uma atitude quase ingênua; ou então é proposital
por causa de algum critério ou ainda para acalmar a consciência. Vamos lá
desmiuçar a coisa.
A pessoa te encontra e pergunta: Oi, tudo bem? E você
responde: Tudo! Às vezes você rebate com um “e você?”. Pois bem, não há nada de
errado nisso, pois, você é quem sabe quanto de sua vida estipula para considerar
que tudo está bem. A situação é bastante peculiar; depende exatamente da abordagem
que damos durante a vida, durante suas fases e durante algumas situações
específicas. Um bebê, por exemplo, precisa dos cuidados básicos de sua mãe; se
ele os tem, caso pudesse nesta etapa da vida falar, já poderia dizer que está
tudo bem, pois tudo que ele julga precisar está recebendo como quer.
Assim é com todo mundo até...
Até que os critérios aumentem de nível. Certa vez assisti a
um filme onde o personagem dizia que era melhor não criar grandes expectativas para
com isso não correr o risco de receber frustrações e decepções, sem
expectativas altas não se preocuparia com grandes quedas na vida. A situação me
chamou a atenção pois é bem assim que muita gente vive. Vai tentando esconder o
sol com a peneira e fingindo que tudo está bem. Existem até aquelas pessoas que
querem enterrar assuntos e situações de vida para que estes não atrapalhem o
caminho dos tijolos amarelos. Minha nossa! Sai para lá, vira essa boca, não
quero nem pensar e sequer tocar nesse assunto. Pois é...
Mas como sempre existe o mas, aqui se depara o cristão com o
auge da batalha, que é diária, espiritual e irá durar até o fim das vidas terrenas.
O artigo não pode se encerrar sem que se mencione Santo Antonio Maria Claret,
que dizia que não deve bastar ao cristão julgar estar salvo apenas estando livre
dos pecados mortais. Ele precisa ter em seu coração a certeza de manter afastadas
todas as ocasiões de pecado para, sequer em pensamento, cometê-los ou fisicamente
neles cair. Essa certeza que pregava o santo parece algo distante e inatingível,
exatamente como o mal quer que pensamos. Mas Jesus não quer que pensemos assim;
todos os dias ele nos diz: está tudo bem uma ova! Quer dizer isso quando nos
ensina que devemos vigiar e orar sem cessar, quando nos ensina pelo apóstolo
que “quem está de pé cuide para que não caia”. É assim que é, fingir que tudo está
bem, principalmente nos assuntos da salvação da alma é um grande risco que o mundo
nos ínsita todos os dias a percorrer.
Fonte: Jefferson Roger
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