Assim começou meu diálogo com Deus. Vou lhe conceder tudo
que você precisa. Estais disposto a aceitar? Sim, respondi. Pois bem, será
então através da família que você alcançará seus objetivos. Mais tarde em sua
vida, quando se tornar adulto, será a sua vez de “deixar pai e mãe e se unir a
sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne”.
Por intermédio da família, agora a sua, você se tornará um
marido, depois se tornará pai e a partir de então deverá viver por ela e para
ela. Através de sua família, lhe concederei as dádivas, mas também minhas
correções, sempre que for necessário. Não se esqueça, algo muito importante:
problemas surgidos dentro da família devem ser resolvidos dentro do lar. Isso é
importante porque o diabo sempre irá oferecer soluções mágicas para os problemas
que as dificuldades da vida familiar oferecer. O demônio não gosta de famílias
e irá forçar a sua ao limite; não deixe de contar com toda a ajuda que eu sempre
te providenciarei. Não me retire da sua vida, nem da vida de sua família.
Ouvi tudo isso atentamente. O caro leitor pode imaginar como
isso se deu. Respondo que aconteceu quando recebi o sacramento do matrimônio.
Nele, Deus nos explica tudo isso. Hoje, vinte e cinco anos após começar a vida
de casado, confirmo que tudo que ele ensinou e explicou estava certo, em nada
errou. Nem poderia, Deus Pai Todo Poderoso, criador de todas as coisas visíveis
e invisíveis, detém o mando de tudo. Para a sociedade, a data recebe o nome de
comemoração de bodas de prata. Minha mãe também comemorou antes de morrer suas
bodas de prata; meus sogros comemoraram bodas de ouro – cinquenta anos de casado.
O casamento reforma as pessoas, a convivência com diferentes perfis de pessoas dentro de uma mesma casa, precisa ser vivida com muita dedicação e empenho, pois se trata de uma luta diária. Claro, tem que existir sentimento, sentimento esse que deve ser cuidado. É uma plantinha que para tornar-se uma árvore frondosa precisa sempre de atenção especial. Hoje em dia, quando falamos do tempo em que estamos juntos, muitos se espantam e dizem que não é mais comum casamentos durarem tanto assim. Ou então, quando reencontrados pela rua por pessoas de um convívio passado, elas perguntam: “você ainda está casado(a) com ele(a)? Enfatizando o “ainda”, quase com um tom de quem quer confirmar a já dada como certa, separação. Ao ouvirem que “sim!”, a reação é quase sempre um “nossa!”.
Pois é, a história de que “não deu, parte para outra” é um conceito do mundo, criado para resolver a falta da seriedade e a superficialidade com que o casamento é tratado, sem falar no noivado e no namoro. Se o sujeito casa pensando em ser feliz, engana-se redondamente; precisa casar com o desejo de fazer o outro feliz, depois os filhos que Deus enviar. Como consequência, sua felicidade virá porque não teve raízes egoístas. Para se ter paz no lar, paz em casa, paz no coração é preciso trilhar enraizado em Deus uma caminhada a dois, apoiando-se mutuamente e respeitando-se por amor a Deus e ao próximo. É sempre importante rezar diariamente pedindo a graça do aumento do amor matrimonial, conjugal e familiar, ou alguém espera chegar tão longe na vida matrimonial sem nenhuma ajuda, consentimento e bençãos do altíssimo?
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Fonte: Jefferson Roger