A história que vou contar, como a maioria das histórias de
nossas vidas, caracteriza-se como um momento único, que nunca mais irá se
repetir. Nossa vida, de fato, é muito rica; não dizem os ditados que daria para
escrever um livro? Pois bem, acredito que daria sim. Porém, por aqui, faltando
nove dias para um marco em minha vida, irei contar resumidamente sobre essa
pequena parte, esse pequeno detalhe que estou a vivenciar, repito, daqui a nove
dias.
Irei a cada dia falar um pouco a respeito, assim o leitor do
site e aqueles que porventura passarem por aqui, poderão conhecer um pequeno testemunho
biográfico de quem vos escreve. Era o ano de 1995, o mês era abril. Um mês
marcado por acontecimentos difíceis e verdadeiros e, acima de tudo, inevitáveis
na vida de todo ser humano. Muitas pessoas, sequer cogitam falar ou pensar
sobre isso. Não suportam encarar tamanha realidade da qual não se pode escapar.
Sendo assim, lá estava eu; neste ano eu completaria 24 anos.
Seria uma idade que não poderia eu deixar de lembrá-la e relembrá-la até o
final dos meus dias; seja lá quantos dias ainda faltem. A memória deste ano
ficaria marcada, muito bem cicatrizada na mente e no coração. Eu era solteiro,
trabalhava e ainda morava com os pais. Fazia parte do que eu chamo de primeira
família, a família onde nascemos, onde Deus nos quis ali para ingressarmos
neste mundo chamado na oração da Salve Rainha de “Vale de Lágrimas”.
Convenhamos, hajam lágrimas em nossas vidas, sejam de alegrias ou tristezas, dores,
pesares, desgostos ou decepções, lá estão a nos ajudar a colocar para fora toda
a pressão dos sentimentos.
Neste ano, porém, minhas lágrimas não sairiam, o baque foi
muito grande e mesmo esperado, a realidade que se apresentava, duríssima para
qualquer um, mesmo para os que acreditam e têm fé em Deus, trazia uma carga
imensa que aperta corações. Corações que, se não estiverem amparados por Deus,
sofrerão além do que não se pode evitar, um pesar muito devastador. Abril
chegou; com ele o dia derradeiro: a mãe, depois de lutar por três anos contra o
câncer faleceu em casa: era o dia 22 de abril. Ali começou outra contagem, uma
vida que Deus chama para seu convívio eterno e um contar de dias e meses para o
ingressar de novos acontecimentos. Eu não sabia, mas esperava por mim o mês de
dezembro com um grande acontecimento preparado por Deus...
Fonte: Jefferson Roger
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