Lemos na bíblia que Deus criou o mundo em seis dias e no
sétimo descansou. Daqui a seis dias irei comemorar o meu marco, já venho
falando sobre isso faz três artigos e no domingo próximo o dia chegará. Não como
a jornada divina de seis dias, pois a jornada que estou contando, muito
resumidamente, levou muito mais tempo. Em um de meus livros, cujo link está aqui
no site (O que Deus sabe sobre mim – vol 01), é possível conhecer um pouco mais
a fundo certas etapas de minha vida. Por aqui, sigo então em mais um pedacinho
dessa história.
Meu aniversário passara, lembram que eu falei que as perdas
sempre são lembradas? Sim, as datas sem os entes queridos agora serão lembradas
de uma forma diferente; com lamentos, saudades, pesares, tristezas, sempre,
conforme a natureza de cada pessoa. Eu, que mal tinha passado pelo mês de meu
aniversário, o primeiro sem minha mãe, já no mês seguinte viria outra “ripada
nas costas”.
Ela fazia aniversário em outubro. Já pode deduzir o leitor:
o primeiro aniversário “dela” sem “ela”. Claro que soa meio estranho, eu sei,
porém, a partir de então as pessoas começam a dizer assim em relação a uma
pessoa: se ela estivesse viva estaria fazendo tantos anos. Acho um pouco perigoso
pensar assim, pois corremos o risco de abafar o legado deixado. Digo perigoso
porque com um pensamento como este a tentação dos lamentos e dos “ses” pode vir
a cavalo. Exemplo: se ela fosse viva, seria avó, se fosse viva, teria ajudado a
criar as netas, se fosse viva viria me visitar toda a semana, e assim por
diante. Que fique a saudade e não os lamentos, não é mesmo”?
Passei pelo mês, não tinha o que fazer, parado é que não
poderia ficar. “Força na paçoca” (essa gíria é antiga, mas retrata bem a dificuldade
em se fazer força para seguir em frente quando parece que a força é em vão). Já
experimentou comer uma paçoca que precisa primeiro ser aberta sua embalagem?
Muito bem colada se fizermos força abrimos o produto, mas ela se desmancha.
Assim é na vida, não adianta forçar a barra, remar contra a maré, dar murro em
ponta de faca. Deus dita os termos de nossas vidas e nós aceitamos ou
inutilmente nos rebelamos, igualzinho fez e faz o diabo todos os dias.
Artigos anteriores:
Fonte: Jefferson Roger
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