Pois bem, doze mais sete é igual a dezenove. Pois é, dia
dezenove de novembro será um domingo. Neste dia um marco chegará e será fincado
no mapa e história de minha vida. Mas vamos em frente, temos que preencher as lacunas
que separam estes dias. Dissera eu no artigo anterior que meu aniversário, o
primeiro sem a presença de minha mãe, estava a se aproximar.
De fato, já há alguns anos os aniversários eram comemorados
de maneira mais tímida. Vamos crescendo e tudo nesta data vai ficando singelo,
simples, mas verdadeiro. Sem estardalhaços, sem algazarras, ainda mais se o
espírito não pede nem sente falta de algo assim. E setembro chegou, o dia três;
fiz vinte e quatro anos e o primeiro sem a mãe. Sei que parece repetitivo ficar
falando “sem a presença”, “sem a presença”, mas, aqueles que já perderam alguém
em suas vidas entendem muito bem o que é ter que conviver todos os dias e até o
fim dos seus dias, vamos lá, sem a presença de alguém.
E mais, depois disso você começa a usar esta expressão muitas
vezes em sua vida, principalmente no primeiro ano completo da perda de seu ente
querido. Falarei sobre isso mais adiante; por aqui, continuo a falar do meu
aniversário. Foi uma data completamente normal, como um dia qualquer. Só não
estive sozinho porque Deus estava comigo, me fazendo lembrar que a vida é
assim, que de tempos em tempos todos vamos sendo chamados à sua presença.
Sei que essa é uma parte dura da vida e por isso muitas
pessoas evitam pensar a respeito. Eu diria que não é uma atitude certa, pois
ser surpreendido é pior do que ser surpreendido estando ciente de que isso é
coisa já decretada pelo altíssimo. Nas sagradas escrituras se fala e ensina
muito sobre isso. Numa passagem do livro do Eclesiástico lemos que devemos
pensar constantemente em nossos novíssimos e jamais pecaremos. Só por aí já
deduzimos que não pensamos o quanto deveríamos. Eu particularmente até que
pensava e ainda penso e quanto mais vivo mais lembro disso. Recordando, os
novíssimos são as últimas realidades de nossa vida: morte, julgamento, inferno,
purgatório e/ou céu.
Artigos anteriores:
Fonte: Jefferson Roger
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