domingo, 12 de novembro de 2023

Só mais uma semana


Pois bem, doze mais sete é igual a dezenove. Pois é, dia dezenove de novembro será um domingo. Neste dia um marco chegará e será fincado no mapa e história de minha vida. Mas vamos em frente, temos que preencher as lacunas que separam estes dias. Dissera eu no artigo anterior que meu aniversário, o primeiro sem a presença de minha mãe, estava a se aproximar.

De fato, já há alguns anos os aniversários eram comemorados de maneira mais tímida. Vamos crescendo e tudo nesta data vai ficando singelo, simples, mas verdadeiro. Sem estardalhaços, sem algazarras, ainda mais se o espírito não pede nem sente falta de algo assim. E setembro chegou, o dia três; fiz vinte e quatro anos e o primeiro sem a mãe. Sei que parece repetitivo ficar falando “sem a presença”, “sem a presença”, mas, aqueles que já perderam alguém em suas vidas entendem muito bem o que é ter que conviver todos os dias e até o fim dos seus dias, vamos lá, sem a presença de alguém.

E mais, depois disso você começa a usar esta expressão muitas vezes em sua vida, principalmente no primeiro ano completo da perda de seu ente querido. Falarei sobre isso mais adiante; por aqui, continuo a falar do meu aniversário. Foi uma data completamente normal, como um dia qualquer. Só não estive sozinho porque Deus estava comigo, me fazendo lembrar que a vida é assim, que de tempos em tempos todos vamos sendo chamados à sua presença.

Sei que essa é uma parte dura da vida e por isso muitas pessoas evitam pensar a respeito. Eu diria que não é uma atitude certa, pois ser surpreendido é pior do que ser surpreendido estando ciente de que isso é coisa já decretada pelo altíssimo. Nas sagradas escrituras se fala e ensina muito sobre isso. Numa passagem do livro do Eclesiástico lemos que devemos pensar constantemente em nossos novíssimos e jamais pecaremos. Só por aí já deduzimos que não pensamos o quanto deveríamos. Eu particularmente até que pensava e ainda penso e quanto mais vivo mais lembro disso. Recordando, os novíssimos são as últimas realidades de nossa vida: morte, julgamento, inferno, purgatório e/ou céu.

Artigos anteriores:

2 - Um dia a menos

1 - Contando os dias

Fonte: Jefferson Roger


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário