segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Separações temporárias

 


Assim nos garantiu Jesus Cristo; que viveremos para sempre com ele e nossos familiares no reino que foste preparado para nós desde o início dos tempos. Todavia, o período de separação inevitável e temporária, recheada pelo tempo de luto, traz sensações e sentimentos desafiadores até para os que julgam ter alguma fé, quiçá uma fé dita pelo Cristo comparada ao grão de mostarda. Pobre destes, com uma fé assim estão realmente mais enrascados do que o normal.

No entanto, momentos como esse – o caro leitor já entendeu que estamos a falar da morte – serão sempre um esbarrar de Deus em nossa realidade. A cada partida para o “próximo andar”, lá vamos nós e cada um a passar por turbulências mentais, físicas e espirituais. Feliz é aquele que coloca toda a sua confiança em Deus e com isso sofre menos, embora não deixe de sofrer: seja da forma que for já que sua natureza humana, diariamente exercitada e apegada a algumas raízes mundanas, não deixa por menos quando o assunto é o desapego.


Por aqui, neste site, mais uma filha de Deus, devota de Nossa Senhora será homenageada. Trata-se de minha madrinha de batizado: Maria de Lourdes Rosiak, falecida há um dia. Uma pessoa que esteve presente em muitos momentos de minha trajetória aqui na terra. Enquanto minha mãe era viva, os laços familiares estavam bem coesos e presentes. Depois, em seu falecimento as realidades se transformaram, mas o amor jamais. Em cada aniversário, eu recebia uma ligação sua, assim aconteceu por anos. A cada encontro um abraço verdadeiro. Depois que nasci, lá estava ela a me visitar nos primeiros dias. Depois durante minha catequese, era comum eu chegar em casa no sábado a tarde e minha madrinha estar em casa. Nem sei quantas vezes enquanto criança eu posava em sua casa e uma das primeiras orações que aprendi, aprendi com ela. “Com Deus eu deito, com Deus me levanto, com a Virgem Maria, Jesus Cristo e o Espírito Santo”. Oração que até o hoje eu continuo a rezar sempre que deito e sempre que acordo, exatamente como ela me ensinou.


Mais tarde, quando fiz a primeira comunhão lá estava ela. Também em minha crisma e em meu casamento, substituiu no altar a minha mãe. E assim, mais uma pessoa querida por mim foi chamada por Deus, mas posso dizer, que fica a saudade, a certeza do reencontro e de suas orações em meu favor e as melhores lembranças daquela que amou com um amor maternal.

Fonte: Jefferson Roger

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segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Está tudo bem?


Quem está de pé cuide para que não caia. Essa frase que inicia o artigo já foi transcrita em outras publicações neste site. Nem poderia ser diferente; o alerta bíblico é muito pertinente à condição do cristão. Sim, pois nunca estamos livres de sermos arrastados para a condenação eterna.

Muitos podem pensar que não é bem sim, ainda mais ao promoverem uma autoavaliação e, por conta de não fazerem declaradamente o mal a alguém ou a si próprio, acharem que não se enquadram na lista dos que rolarão pela ladeira dos condenados que termina com a danação eterna nos infernos.

Todavia, pode-se sim estar em maus lençóis; isso, porque não seremos julgados por critérios nossos. É o justo juiz que procederá a sentença ou o prêmio e isso, segundo as suas regras e não as regras humanas. Então, colocada a realidade do ser humano nesses moldes, podemos com toda a certeza dizer que nunca está tudo bem.

Mesmo quando dizemos que está tudo bem ao respondermos a alguém, não está. Ou melhor, que fique bem entendido que é preciso definir bem o escopo daquilo que se determina estar bem. Aí sim, podemos afirmar que é tudo. Porém, se analisarmos a questão através de um olhar sobrenatural, um olhar bíblico, um olhar nos moldes de Jesus Cristo aí, caro leitor, sabemos bem que nem tudo está bem. De fato, para que tudo fique bem, isso englobando as duas esferas humanas (a física e a espiritual) o esforço cobrado por Jesus tem que ser diário, imenso, sério, comprometido com a palavra de Deus e perseverante (Mateus 10,22), do contrário, no dia do juízo, quando estivermos frente a frente com o Ressuscitado, dependendo do olhar que ele lançar sobre nós, saberemos: Sim, está tudo bem! – você irá para o céu; não, não está tudo bem” – ide maldito para o fogo do inferno (Mateus 25,41).

Fonte: Jefferson Roger


 

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segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

O tempo passa


O tempo voa e muitas coisas nessa vida continuam numa boa; porém, outras, precisam de um cuidado especial para que continuem a prosperar. Assim é em uma relação a dois. Todo mundo sabe que se não houver esforço dos dois lados alguém sairá perdendo nesse cabo de guerra. Os relacionamentos modernos que o digam; tudo parece virar um jogo da discórdia e todos querem sair vencedores “eliminando” o outro da casa.

Nunca foi dito que algo assim seria fácil. Tanto é que Deus concedeu aos seus filhos um poder especial através do sacramento do matrimônio. Sacramento este tão menosprezado, tão rechaçado ao ponto de muitas pessoas trocarem de cônjuges como se troca de roupa. E mais, muitos nem sequer cogitam casar, resolvem fazer um “test-drive” para ver se dá certo. Se der, muito que bem, se não, passa-se para o próximo da fila.

Que horror! As filas ainda existem! E há quem as defenda dizendo que procuram com o relacionamento anterior não cometerem os mesmos erros no relacionamento atual. Mas não se trata apenas de erros, se trata de conversão e mudança interior. No relacionamento seguinte, se a pessoa for a mesma existe o risco de não dar certo porque agora se está com outra pessoa, diferente da anterior. É sempre um círculo vicioso viver assim se o sujeito não abre mão de alguns egoísmos.

A renúncia deve existir e a doação ao outro. O amor precisa de seus ingredientes. A vida, intrometida como sempre, fornece os seus: muitas vezes com um gosto de remédio, difíceis de engolir, mas necessários para se seguir em frente. Relacionamentos são assim, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza e assim por diante. Alegrias não só de prazeres e sim do coração; não só tristezas sentimentais, mas na alma, não só saúde do corpo, mas da mente, assim como as doenças que podem ser espirituais; assim também como a pobreza de coração (que é o desapego aos bens materiais) e a riqueza de virtudes. É complexa a vida a dois e a vida em família, pior ainda se o casal eliminar de sua vida conjugal e familiar o personagem mais importante da relação: Deus. Tente sem ele para descobrir muito cedo que você não irá muito longe. “Sem mim nada podeis fazer” – João 15,5.

Fonte: Jefferson Roger


 

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sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Reconhecimento e agradecimento


Na bíblia em atos dos apóstolos está escrito que existe mais alegria em dar do que em receber; também está escrito para nos preocuparmos em primeiro lugar com os interesses dos outros. Pois bem, é nessa esteira do conhecimento que se deve embarcar; procurar fazer o bem a alguém, não esperando algum tipo de recompensa.

Ajudar porque alguém precisa, sem eleger se este merece ou não. Claro, é muito difícil imitar Jesus, que não fazia distinção de pessoas e acolhia todos que a ele recorriam. Todavia, que escolha temos se biblicamente está escrito que devemos ser seus imitadores (1ª Coríntios 11,1)?

Quanto a mim, sempre procuro lembrar desse norte. Em minha profissão tenho a oportunidade de fazer isso todos os dias. Como professor a missão de ajudar as pessoas a aprender é muito gratificante. Perceber que o aluno entrou na aula sem o brilho no olhar e saiu dela transformado, com uma cara de agora eu entendi, que legal que é isso, não sabia que era assim, que interessante, e por aí vai, é uma experiência recompensadora.

Os alunos saem no final da aula, eu ainda fico por mais um momento, olhando para aquela sala vazia, agora silenciosa, satisfeito por ter feito o que podia e não ter deixado por menos. Por agir assim, procurando ser alguém que promova nos alunos a vontade de querer aprender e crescer enquanto pessoa e cidadão, que vez por outra alguns deles reconhecem e singelamente agradecem pelo bem que sentiram que lhes foi proporcionado. Neste ano, em meio as minhas turmas, embora o ano letivo ainda não tenha acabado, alguns já vieram muito gentilmente proferir os seus discursos de obrigado. Entre esses, destaco a aluna da foto (Luna), que me entregou uma carinhosa lembrança e me agradeceu pelo bem que eu a fiz este ano e por todas as coisas que aprendeu comigo. Basta uma pessoa para que você continue seguindo em frente. Saibamos nós professores, se muitos não querem nada com nada, ainda devemos estar lá por causa daqueles que querem, para que com nosso exemplo e dedicação e intervenção divina, eles passem a querer.

Fonte: Jefferson Roger

 

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Dispersos pelos ares

 


“Não é contra homens de carne e osso que é a nossa batalha, mas contra os espíritos malignos dispersos pelos ares”. Pois é, se algum cristão acha que esta afirmação bíblica pode não estar certa, por favor, para seu bem, que vá repensando seus conceitos. Sim, pois levar uma vida sem crer que existe a parte sobrenatural de nossa existência é dar muita corda para o lado oposto de tudo que é divino.

A compreensão e aceitação destas verdades celestes coloca sentido em todo o nosso combate diário. Sabe-se que somos um composto de matéria e espírito. Jesus já disse que o espírito está pronto, mas a carne é fraca. Ou seja, na hora de nossa morte nós, enquanto alma, subiremos para junto de Deus Pai ou padeceremos no purgatório ou então já desceremos ao inferno. O corpo, enquanto isso, aguarda o dia do juízo final, para unir-se a sua alma e irem para o destino eterno e final: céu ou inferno.

Claro, o mexeriqueiro do diabo não deixa por menos e já que não pode diretamente afetar a alma, a afeta indiretamente tentando o sujeito a cometer pecados. Se padece o corpo, a outra metade padecerá também, quando chegar a hora. Por isso, os sentidos precisam sempre ser dominados e condicionados a servirem apenas para a natureza cuja finalidade foi sua criação.

Não podem ser estimulados para aceitar conceitos diferentes daqueles propostos por Deus, do contrário, vai-se o corpo para o lamaçal dos pecados e alma vai com ele. Se não no agora, no depois. Então, no final das contas, já que os espíritos malignos estão dispersos pelos ares durante nossa batalha, também nós, façamos o mesmo, e nos dispersemos, corramos para bem longe das ocasiões de pecado, coloquemos nosso olhar para uma direção totalmente diferente, ou o preço de nossas escolhas, se forem más e erradas, trarão consequências sobre as quais não teremos controle.

Fonte: Jefferson Roger


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Comunhão dos santos


No céu estão os santos, os santos da terra ainda estão peregrinando e sofrendo a cada dia suas provações. Depois que sobem para o andar da igreja gloriosa e triunfante, começam a interceder pelos que aqui na terra ainda estão; no patamar da igreja militante. Aos que morreram ainda não sendo santos, mas não ruins para ser condenados, sofrem no andar da igreja padecente, onde fica o purgatório.

Então, do purgatório sobem ao céu, estão na plenitude de suas santidades e juntam-se aos que para lá foram diretamente. No entanto, todos esses, sabendo por tudo que passaram, rezam por cada um de nós para que consigamos também um dia, estar junto deles. Ora bolas, quem não acreditar nisso vai achar que o paraíso é um lugar de egoístas. Vai pensar que os que estão lá dizem assim: eu consegui, agora eles que façam a parte deles, que se virem.

Não querem que o que estão vivendo agora na eternidade possa ser vivido pelos que ainda não chegaram lá. Puxa vida, se isso existisse no céu, alguma coisa de errado estaria acontecendo da parte de Jesus; muito do que ele ensinou não passaria de teoria.

Ainda bem, todavia, que não é assim. Lemos na bíblia que existe a intercessão dos que já partiram para junto de Deus. Comungam do mesmo anseio que nós: um dia viver no céu para sempre. E como eles já estão lá e por isso são chamados de santos, eis aí a intitulação dessa graça concedida por Deus: permitir que nos ajudemos, sempre e sempre para o bem comum e principalmente dos que mais precisarem. Exatamente como pedimos ao Cristo quando rezamos: Ó meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem.

Fonte: Jefferson Roger


 

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