Assim nos garantiu Jesus Cristo; que viveremos para sempre com ele e nossos familiares no reino que foste preparado para nós desde o início dos tempos. Todavia, o período de separação inevitável e temporária, recheada pelo tempo de luto, traz sensações e sentimentos desafiadores até para os que julgam ter alguma fé, quiçá uma fé dita pelo Cristo comparada ao grão de mostarda. Pobre destes, com uma fé assim estão realmente mais enrascados do que o normal.
No entanto, momentos como esse – o caro leitor já entendeu
que estamos a falar da morte – serão sempre um esbarrar de Deus em nossa
realidade. A cada partida para o “próximo andar”, lá vamos nós e cada um a
passar por turbulências mentais, físicas e espirituais. Feliz é aquele que
coloca toda a sua confiança em Deus e com isso sofre menos, embora não deixe de
sofrer: seja da forma que for já que sua natureza humana, diariamente
exercitada e apegada a algumas raízes mundanas, não deixa por menos quando o
assunto é o desapego.
Por aqui, neste site, mais uma filha de Deus, devota de Nossa Senhora será homenageada. Trata-se de minha madrinha de batizado: Maria de Lourdes Rosiak, falecida há um dia. Uma pessoa que esteve presente em muitos momentos de minha trajetória aqui na terra. Enquanto minha mãe era viva, os laços familiares estavam bem coesos e presentes. Depois, em seu falecimento as realidades se transformaram, mas o amor jamais. Em cada aniversário, eu recebia uma ligação sua, assim aconteceu por anos. A cada encontro um abraço verdadeiro. Depois que nasci, lá estava ela a me visitar nos primeiros dias. Depois durante minha catequese, era comum eu chegar em casa no sábado a tarde e minha madrinha estar em casa. Nem sei quantas vezes enquanto criança eu posava em sua casa e uma das primeiras orações que aprendi, aprendi com ela. “Com Deus eu deito, com Deus me levanto, com a Virgem Maria, Jesus Cristo e o Espírito Santo”. Oração que até o hoje eu continuo a rezar sempre que deito e sempre que acordo, exatamente como ela me ensinou.
Mais tarde, quando fiz a primeira comunhão lá estava ela. Também em minha crisma e em meu casamento, substituiu no altar a minha mãe. E assim, mais uma pessoa querida por mim foi chamada por Deus, mas posso dizer, que fica a saudade, a certeza do reencontro e de suas orações em meu favor e as melhores lembranças daquela que amou com um amor maternal.
Fonte: Jefferson Roger