E então, enquanto caminhamos rumo a porta estreita, estamos
deixando coisas para trás? Essa é uma das coisas que Jesus nos ensinou e nos cobra
todos os dias. Em seu evangelho ele responde ao jovem rico que, se quer ser
salvo, siga os mandamentos. Quando o jovem diz já fazer isso e lhe pergunta o
que mais poderia fazer Jesus diz que seria, para ser santo, o desapego.
Então o jovem deixa a presença de Jesus entristecido pois
tinha muitos bens. No entanto, a coisa é mais embaixo ainda do que parece ser.
O desapego pedido pelo Cristo é máximo, ele inclui inclusive o desapego das
pessoas. Eis aí uma parte bem difícil de ser cumprida, pois, desapegar de bens
materiais até não é tão difícil, agora, desapegar de pessoas dá mais trabalho.
Isso porque o ser humano cultiva uma forma de amor muito
material, muito física, muito humana e menos sobrenatural-espiritual. Recordo
aqui uma passagem onde Santa Gema Galgani, ao chorar a morte de muitos
familiares que Deus chamava em curto espaço de tempo, Jesus, em aparição para a
santa a repreendeu dizendo que não devia perder tempo chorando pelo que não
valia a pena.
Em primeiro momento talvez a santa teve dificuldade em entender
e nós, em dias atuais, também o temos. Como não lamentar a perda de um ente querido?
Não seria um lamento egoísta de nossa parte, não termos mais conosco a pessoa
de que gostamos? É bem isso! Jesus diz não valer a pena porque Deus garantiu
que a separação é temporária. Ademais, ainda reforça em outra passagem bíblica
que quem coloca a mão no arado e olha para trás não é digno dele. Ufa! Vamos lá,
como lemos na bíblia: buscai as coisas do alto.
Fonte: Jefferson Roger
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