Pois é, quando pedimos, pedimos e pedimos e parece Deus não
estar nem aí para nossas súplicas corremos rapidamente a reclamar dele para
todos e, infelizmente, esses brados raivosos são ouvidos até pelo mais atento
dos ouvintes: o demônio. Mal sabemos que o erro é gravíssimo, além de ser
exclusivamente nosso. E nesse caso o erro é duplo: reclamamos quando não
devíamos e achamos que ele não nos ouve, quando na verdade, sempre ouve.
O problema é o não que vem em forma de silêncio. Por motivos
que só nos será revelado nos céus, segundo Nossa Senhora, a comunicação entre
criador e criatura é assim, bem diferente daquela que gostaríamos, ou daquela
que esperávamos.
Todavia, quando pedimos e recebemos, pedimos de novo e
recebemos outra vez, pedimos mais uma vez e mais uma vez recebemos, como
ficamos agradecidos. No entanto a atenção deve acompanhar o regozijo. É preciso
sempre lembrar que, se recebemos o que pedimos é sinal de que o pedido está em
sintonia com aquilo que Deus quer para nós e quer que façamos na vida.
Por pedirmos com motivos certos aos olhos dele, e não aos nossos,
recebemos a graça, mesmo que tenha demorado e tenhamos que ter pedido a mesma
coisa muitas vezes, sinal de que ainda não estávamos alinhados com o perfil que
o altíssimo esperava de nós. Sendo assim, sempre nos servirá de lição o fato de
que, existem sim os momentos difíceis, de aparente abandono, mas existem as alegrias
vindas do céu, valiosíssimas e que devemos, como na parábola dos talentos,
fazer com que se multipliquem, através de nossa melhora contínua na caminhada rumo
ao céu.
Fonte: Jefferson Roger
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