Claro, em nossa mente ficam armazenadas as lembranças, porém,
quem não passou pela experiência de sentir um aroma, ouvir uma música, ou
passar outra vez em algum lugar e o cérebro rapidamente, senão quase
instantaneamente, lhe traz as recordações associadas? Pois é, funcionamos
assim, podemos reviver através das recordações as peculiaridades dos momentos.
Com as fotografias não são diferentes, inclusive há tempos
que estão na crista da onda, quase se arrisca dizer que nunca saíra do costume humano
tirar fotos para depois recordar. Embora atualmente elas servem muito para
demonstrar aos outros, sempre curiosos de plantão, o que você está fazendo da
sua vida, não se pode negar toda a carga emocional que este recurso é capaz de
suportar e promover.
Olhamos para uma foto e nos vendo no ambiente em questão,
com as roupas que estamos, podemos dizer quase com precisão militar, onde estávamos,
o que estávamos a fazer, quem são as pessoas da foto que nos acompanham e com
isso saboreamos novamente o prazer de ter sido algo bom, ruim ou de outra
situação.
Às vezes, alguém da foto já pode ter falecido, então a
recordação pesa em outra direção. Assim como a vida vai passando e tudo vai se
transformando, não seria de se esperar que com nossas fotografias pudesse ser
diferente. Elas estão ali, quase que como um lembrete de como estamos
caminhando nesta etapa de nossas vidas que, vale sempre lembrar, é eterna.
Então, apreciemos ainda mais o dia a dia ao lado daqueles que costumamos
eternizar em nossos cliques, pois, ao piscar de olhos, poderemos ser apenas
lembranças, seja em papel ou nos meios digitais, e teremos perdido a oportunidade
de fazer o bem e amar diariamente.
Fonte: Jefferson Roger
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