Sabemos que o mundo espiritual permeia a nossa realidade.
Por conta de vibrações diferentes e regras divinas estabelecidas, poucos de nós
podemos “enxergar” o mundo espiritual e seus desdobramentos. Todavia, ele é uma
realidade e nele, assim como em nosso plano, existe o que é bom e o que é ruim.
Vez por outra, sob permissão divina, podemos viver a experiência
da manifestação maléfica que nos rodeia. Não é novidade, já líamos na bíblia,
muito tempo atrás, que nossa batalha não é contra homens de carne, mas contra
os espíritos malignos dispersos pelos ares. Pois bem, é assim que é e vá o filho
de Deus se enraizar bem no caminho da cruz para que o diabo fique “fula” da
cara e venha pra cima com toda a falta de delicadeza e sutileza possíveis.
Saído do trabalho e caminhando até o ponto de ônibus,
distante um quilômetro do serviço, seguia pelo caminho, atento ao trânsito, mas
concentrado em minhas orações; afinal, já que Jesus nos alertou que devemos
vigiar e orar sem cessar, por que perder uma oportunidade diária de se rezar
enquanto se caminha? Dessa forma, enquanto caminhava e rezava, no sentido
oposto uma pessoa de rua, iria cruzar comigo. Ao passar por mim, poucos metros
depois, ouvi uma voz que certamente tinha algo de sobrenatural, me dizer que
iria me matar. Virei rapidamente e deu tempo de encarar o rosto daquele homem
que terminava de pronunciar aquelas últimas palavras. Não era um rosto
puramente humano, estava um pouco desfigurado. Porém, isso não era o que mais
chamava a atenção; além da voz, seu olhar também não era desse mundo.
Era um olhar de ódio, um ódio puro pela criação divina, um olhar
de ódio total. Foi um impacto presenciar a situação. No entanto, já conhecedor
dessas realidades, me mantive firme, pois, com Jesus e Maria Santíssima ao meu
lado, além do meu anjo da guarda, mais proteção impossível. Ele terminou de
pronunciar as palavras, fez um silêncio de cemitério me encarando por breves
segundos e depois soltou uma risada sarcástica denunciando de que sua zombaria
era uma tentativa de me amedrontar. Respondi de volta apenas com um olhar seguro
e convicto de que, para entrar em vias de fato naquilo que disse, precisaria
passar primeiro pela minha linha de frente. Repito: Jesus, Nossa Senhora e meu
anjo da guarda. Enfim, virou-se e continuou a caminhar. Fiz o mesmo e fui para
casa refletindo o que passou. Pois é, encaro como uma graça divina, alertando e
relembrando que a luta nunca cessa até o final dos tempos.
Fonte: Jefferson Roger
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